Resumo

Em 2022, 41 danças folclóricas japonesas classificadas como da categoria “Furyu-odori” foram registradas como Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade da Unesco. Uma delas é o bailado "Nishimonai Bon-odori", desempenhado em um festival típico na cidade de Ugo, província de Akita. Um ponto característico dessa dança é o traje utilizado por suas principais dançarinas, chamado hanui. Somente as mulheres com alto nível de habilidade podem vestir o hanui no festival. Feito com peças de quimonos costuradas em um design simétrico, o hanui é passado de geração em geração em uma mesma família. Graças ao hanui, a tradição da dança Nishimonai Bon Odori é preservada na comunidade.

De personagens de animê a robôs, edifícios e animais, os itens de plastimodelismo do Japão são famosos em todo o mundo. O segredo está no trabalho artesanal incrivelmente detalhado. Quando criança, YASUI Tomohiro ficou fascinado por esse mundo e, desde os oito anos de idade, começou a fazer seus próprios modelos de papel. Desde então, ele nunca parou, e já produziu mais de 600 personagens confeccionados em papel. Essa dedicação fez com que YASUI fosse reconhecido internacionalmente como um artista inovador. Além de figuras de papel, atualmente, YASUI produz figuras intrigantes empregando diversos artigos do cotidiano como cordas de pular, brinquedo de fazer bolhas de sabão e patinhos de plástico.

Jidaigeki são filmes e novelas de TV ambientados em épocas do Japão pré-moderno. Seus numerosos fãs adoram os penteados e as roupas dos tempos antigos reproduzidos precisamente e, mais do que tudo, as dramáticas cenas de lutas com espadas. Um dos mais antigos estúdios de cinema em Kyoto também é um parque temático. Os visitantes podem caminhar pelas ruas recriadas com ambientes de séculos passados, e interagir com atores em trajes típicos da época e experimentar quimonos e lutas de espadas. As obras de jidaigeki se tornaram populares no mundo todo e estúdios em Kyoto realizam workshops anualmente nos quais jovens criadores estrangeiros aprendem e trabalham com a equipe de filmagem, figurinistas e maquiadores locais.

Apesar do aumento do número de jogos on-line curtidos em casa, os fliperamas ainda são muito populares no Japão. Muitos adoram praticar jogos que requerem habilidades mentais e físicas, como aquele em que se bate um tambor no ritmo das músicas que fluem em uma tela. As recentes tendências são os esportes combinados com jogos computadorizados. Contudo os jogos de garra, que existem há muito tempo, continuam sendo os mais populares, respondendo por 60% do total das vendas dos fliperamas. As famílias adoram jogar juntas os jogos de garra, cujos prêmios exclusivos são itens de atração. Algumas pessoas são tão interessadas, que até fazem cursos com especialistas para melhorar suas técnicas.

A infraestrutura que dá suporte às nossas vidas, como estradas, pontes e torres de comunicação, geralmente é construída para durar 50 anos, contudo a ferrugem pode reduzir drasticamente esse período. Uma nova tecnologia japonesa está revolucionando o trabalho de manutenção das infraestruturas, com raios lasers rotativos extremamente potentes que eliminam a ferrugem com maior eficácia. A localização de anormalidades numa infraestrutura é, agora, realizada mais facilmente através de uma nova tecnologia que conta com câmeras de vídeo de três direções montadas em um veículo, permitindo verificar remotamente, por exemplo, rodovias. Também existe um sistema a laser que emite dois milhões de raios por segundo, registrando dados em 3D para análise das condições de estradas nos mínimos detalhes.

Os tradicionais estucadores japoneses utilizam apenas uma espátula para aplicar uma mistura aderente de cal, algas marinhas e cânhamo. Em fins dos anos 1800, essa técnica começou a ser usada para criar obras de argamassa, conhecidas como kote-e, nas fachadas dos prédios. Originalmente, essas peças eram consideradas talismãs que protegiam as casas de incêndios e da má sorte, mas hoje são consideradas obras de arte. O artista contemporâneo de argamassa, Jingo, cria obras tridimensionais únicas em argamassa branca pura que parecem saltar das paredes. Agora, a popularidade do kote-e está renascendo, com realizações de exposições e concursos em todo o Japão.

O Japão é famoso não apenas por sua culinária, mas também pelos utensílios de cozinha finamente trabalhados. Eles podem ser encontrados em cerca de 170 lojas especializadas, localizadas em Kappabashi, na parte central de Tóquio. As facas hocho, confeccionadas manualmente, são especialmente apreciadas pelos chefs. Outros utensílios originais incluem panela de cobre especial para fazer omeletes ao estilo japonês, esteira de bambu para enrolar sushi, e a tradicional escova de fibra vegetal tawashi para limpar legumes e pratos. Atualmente, fabricantes de talheres estabelecidos há muito tempo usam suas habilidades para criar produtos inovadores que tornam a culinária mais divertida e fácil tanto para adultos como para crianças.

Cerca de 92 milhões de toneladas de roupas são descartadas todos os anos no mundo todo, e soluções para essa questão são urgentemente necessárias. A reutilização dessas roupas descartadas em produtos com novos designs, conhecida como upcycling, é uma das abordagens colocadas em prática, embora não seja uma ideia totalmente nova. Há cerca de 400 anos, os moradores da região de Tohoku, no Japão, têm utilizado roupas usadas no tradicional artesanato conhecido como sakiori. Atualmente, algumas oficinas modernas de sakiori colaboram até mesmo com grifes famosas. Essa abordagem também está sendo promovida em Tóquio, com desfiles de moda que apresentam trajes reciclados e eventos que ensinam as pessoas a transformar roupas velhas em vestidos de bonecas.

Mesmo estando no coração da gigantesca metrópole de Tóquio, é possível apreciar as mudanças das estações no rico ambiente natural do Parque Ueno. Em 2023, o parque comemorou seu 150º aniversário como um lugar para os moradores da cidade relaxarem e apreciarem a cultura. O famoso Museu Nacional de Tóquio é apenas uma das muitas instalações culturais existentes no local. Na primavera, as flores das cerejeiras de Ueno atraem grandes multidões. No verão, as flores de lótus desabrocham no lago Shinobazu, onde as pessoas fazem flutuar lanternas em memória aos falecidos no Festival de Bon. As cores espetaculares do outono são seguidas pelas peônias do inverno, e o fim do ano é celebrado com as badaladas do grande sino do antigo Templo Kaneiji do parque.

O Japão é líder mundial em tecnologia de robôs, produzindo cerca de 50% de todos os robôs industriais. Um novo tipo de robô está revolucionando esse campo. São os robôs moles, com grande parte da sua estrutura feita de borracha. Um deles, que imita a mão humana, tão flexível quanto os músculos do ser humano e mole o suficiente para manusear objetos sem danificá-los, aliviará a escassez de mão de obra no setor de logística. Um outro robô flexível imita o movimento de uma minhoca, usando a pressão do ar para entrar e avançar por tubulações de difícil acesso para inspecionar e limpar seu interior. No futuro, esses robôs trabalharão em ambientes difíceis, como o solo da Lua ou as profundezas do oceano.

O vídeo volumétrico é filmado com uma tecnologia que capta imagens tridimensionais de objetos ou espaços em um ângulo de 360 graus, a partir de qualquer ponto de vista, com efeitos nunca antes vistos. Visitamos um estúdio no Japão que é um dos maiores e mais avançados do mundo em filmagem e processamento de vídeo volumétrico. Os movimentos dos personagens ou objetos alvos são filmados por 154 câmeras instaladas ao redor, e as imagens captadas são convertidas por computador em dados 3D que podem ser reproduzidos livremente a partir de qualquer ângulo. Sucesso imediato no mundo de entretenimentos, a nova tecnologia está sendo rapidamente adotada em diversos campos, como, por exemplo, nas tradicionais artes cênicas e no desenvolvimento de equipamentos de segurança de automáveis.

Pauzinhos orientais, ou hashi, em japonês, são comuns em muitos países, mas no Japão, eles são utilizados de forma original em vários aspectos. Com pontas afiladas, um par de pauzinhos é muito conveniente. Você pode pegar, misturar, dividir alimentos ou embrulhar o arroz com folhas de algas marinhas. Os japoneses costumam ter seu próprio hashi, que, em geral, é feito de madeira revestida com resina sintética ou laca. Mais de 80% dos hashi tradicionais laqueados são produzidos em Wakasa, província de Fukui, com ornamentos de partículas de conchas incrustadas na laca. Também existe uma etiqueta própria para usá-los. Além disso, os hashi já desgastados não são jogados fora - são levados a um santuário e descartados em uma cerimônia especial.

Atualmente, o mundo se depara com muitos problemas alimentares, e o impacto ambiental causado pela produção de carne é uma das questões mais importantes. A soja, rica em proteínas e usada há muito tempo na culinária japonesa, poderá ser uma solução. Um produto de soja recém desenvolvido no Japão, feito 100% à base de vegetais, apresenta uma textura igual à da carne. Outro problema é o desperdício de alimentos. Uma universidade da província de Yamagata desenvolveu uma tecnologia que conserva alimentos perecíveis. Trata-se de transformar vegetais e outros alimentos em pó, que pode ser reconstituído instantaneamente com água e moldado com uma impressora 3D. As casas de cuidados aos idosos estão buscando adotar esse método, que permitiria as pessoas de idade avançada comerem alimentos nutritivos com segurança.

Bonsai é a arte de reproduzir cenários naturais em miniatura, cultivando pequenas árvores em bandejas ou vasos rasos. Muitas variedades de plantas e flores são usadas nos bonsais, mas os pinheiros são os mais populares. Graças à sua energia e longa vida útil, um bonsai de pinheiro pode viver centenas de anos, e alguns chegam a quase 1.000 anos de idade. A cidade de Takamatsu, na província de Kagawa, é a maior produtora de bonsais de pinheiro. Os artesãos da cidade cultivam árvores a partir de sementes, moldando-as e podando-as durante anos até ficarem prontas para serem vendidas aos colecionadores. Os bonsais de Takamatsu também são populares no exterior, sendo exportados para a Europa e para toda a Ásia.

No Japão, o inverno começa em dezembro e termina em fevereiro. Nesse período, a neve adiciona um toque de beleza a tudo, desde os templos e santuários antigos até as altas cadeias de montanhas. Os entusiastas de esportes de inverno vêm de todas as partes do mundo para apreciar a famosa neve tênue, em forma de pó. Os familiares se juntam ao redor da mesa com aquecimento kotatsu, enquanto comem comidas tradicionais de inverno como os cozidos quentes oden e nabe. O inverno é também a estação das iluminações, com eventos noturnos reluzentes de grande escala em todo o país e muitos festivais locais de Ano-Novo para pedir por boas colheitas e saúde a todos. Quando a estação fria se aproxima do fim, as flores amarelas da pimenta da Jamaica japonesa anunciam a chegada da primavera.

A civilização Jomon do Japão antigo teve início há cerca de 15.000 anos e durou aproximadamente 10.000 anos. Era uma sociedade formada por caçadores-coletores, que viviam em harmonia com a natureza. Sua importância na história humana foi reconhecida. Em 2021, um conjunto de sítios Jomon localizados na província de Hokkaido e no norte da região de Tohoku foi registrado na Lista de Patrimônios Mundiais. Os artefatos encontrados no sítio de Sannai-Maruyama mostram que seu povo valorizava a natureza e cuidava dos membros mais fracos, ensinando-nos como resolver nossos atuais problemas ambientais, alimentares e de bem-estar. A arte Jomon, em especial a sua cerâmica, inspirou muitos artistas modernos, como o renomado OKAMOTO Taro.

O Japão é conhecido pelos graciosos doces, e as pessoas adoram postar fotos das últimas criações nas redes sociais. Visitamos uma loja em Tóquio que vende acessórios que parecem doces, juntamente com as guloseimas que serviram de inspiração aos acessórios. O estabelecimento ficou famoso após os clientes terem publicado fotos dos produtos na Internet. As redes sociais têm contribuído para divulgar os doces tradicionais japoneses, conhecidos como wagashi. A produção de confeitos de arroz oiri, que existem há 400 anos na província de Kagawa, estava em declínio, mas quando uma cafeteria os utilizou como cobertura de sorvetes, o visual provocou uma sensação nas redes sociais reavivando a tradicional guloseima.

Os cogumelos shiitake são ingredientes indispensáveis do washoku, a culinária japonesa. Eles adicionam umami aos pratos e podem ser comprados frescos ou secos. Deliciosos e sem produtos químicos, os shiitake secos japoneses estão se tornando populares no exterior. Produzidos principalmente na província de Oita, na ilha de Kyushu, no sul do Japão, os cogumelos shiitake para secagem são cultivados através da inoculação de esporos em toras de carvalhos dente-de-serra, que são deixadas na floresta para um desenvolvimento natural. Como os cogumelos requerem muita luz solar para crescerem, as árvores ao redor são regularmente desbastadas, o que ajuda a conservar todo o ecossistema florestal.

Com uma população envelhecida e interessada em desfrutar de modo mais pleno e gratificante os anos após retirar-se do trabalho, o Japão é, há muito tempo, pioneiro em tecnologias voltadas para os idosos. Neste vídeo, é apresentado um piso revolucionário que protege de fraturas os ossos frágeis das pessoas de idade. Ele se deforma instantaneamente absorvendo e amortecendo o choque da queda de uma pessoa. Robôs humanóides simpáticos são agora utilizados em muitas casas de cuidados. Com inteligência artificial que lhes permite memorizar mais de 100 rostos e nomes, os robôs mantêm conversas de modo natural com as pessoas com quem estão falando. Também vemos um robô em forma de foca, projetado para criar um efeito relaxante proporcionado por um animal de estimação. Atualmente, a eficiência desse robô na área médica tem sido reconhecida em mais de trinta países.

A arte digital cria novos mundos aos nossos olhos com uma mescla de realidade e imaginação. MURAMATSU Ryotaro, artista digital e pioneiro em mapeamento de projeção, criou o Projeto Dandelion (dente-de-leão) para conectar as pessoas ao redor do mundo em uma prece pela paz. Tufos de sementes de dentes-de-leão digitais, que desabrocham em flores virtuais, símbolos de paz, são emitidos para localidades de vários países. Vemos participantes em Kyoto enviando às pessoas do mundo inteiro, através de seus smartphones, sementes digitais que se abrem em belas flores. Através desta obra de arte, o artista deseja unir os sentimentos das pessoas nesta era atual em que avança a fragmentação social.

O festival Soma Nomaoi, com três dias de duração, é realizado todos os anos no mês de julho em Minami-Soma, província de Fukushima. Data de mais de 1.000 anos e se origina de um costume, no qual os guerreiros capturavam cavalos selvagens com suas próprias mãos. O festival conta com a participação de cerca de 400 cavaleiros, trajados de samurai, como seus ancestrais. Após uma parada até o local do festival, os cavaleiros, com armadura, realizam uma corrida de cavalos e uma competição para pegar bandeiras lançadas ao ar, entre outros eventos. No último dia, os cavaleiros vestidos totalmente de branco capturam os cavalos sem sela com suas próprias mãos e os oferecem ao santuário, fazendo preces pela paz e prosperidade.

O Japão conta com uma das mais altas médias de expectativas de vida do mundo, tanto no caso dos homens como das mulheres. Muitas razões são citadas para tal feito, mas três se destacam. Uma é o hábito, incutido na infância, de fazer exercícios diários regularmente. Desde a década de 1920, é transmitido um popular programa de rádio que orienta os cidadãos a praticar ginástica através de um sistema de exercícios rítmicos. Quase todos os japoneses se submetem a um check-up anual de saúde, normalmente organizado pela empresa em que trabalham. Isso significa que muitas doenças podem ser prevenidas ou detectadas em estágios iniciais, quando a cura é mais fácil. E, por fim, a cultura alimentar tradicional do Japão, famosa por fornecer um bom equilíbrio entre os nutrientes essenciais para se manter uma boa saúde.

Ligando as belas ilhas do Mar Interior de Seto, Shimanami Kaido é uma fantástica estrada que atrai mais de 300.000 ciclistas por ano, muitos procedentes do exterior. A rota, com 70 km de extensão, é fácil até mesmo para iniciantes, e é apreciada por aqueles que querem desfrutar as muitas atrações, sem pressa e no seu próprio ritmo. Normalmente, os ciclistas iniciam a jornada em Onomichi, na província de Hiroshima. Ao longo da bela linha costeira e sobre pontes imponentes, é possível se explorar os diversos e típicos aspectos das ilhas passeando pelos limoeiros de Ikuchijima, experimentando os incríveis frutos do mar da região e descobrindo sua rica história marítima. O lema é não se apressar: há muito o que fazer e ver antes de chegar ao final da estrada em Imabari, na província de Ehime.

Os jardins japoneses tradicionais expressam um antigo senso estético do povo, e os musgos são um dos seus elementos principais. Ohara, em Kyoto, conta com o ambiente perfeito para o desenvolvimento dos musgos. No Templo Sanzen-in, em Ohara, encontramos um dos mais famosos jardins de musgos. Representando a beleza da passagem do tempo, os musgos são uma expressão viva da filosofia de wabi-sabi. Um jardineiro de Ohara, que faz terrários inovadores com os musgos locais, nos diz como os musgos podem nos ensinar a alcançar uma relação sustentável com a natureza.

O mar ao largo da costa de Sanriku, em Miyagi, é conhecido como um dos três bancos de pesca mais férteis do mundo. O distrito de Tokura, localizado nesta área, produz, há muito tempo, umas das melhores ostras do Japão. Mas devido ao aumento da popularidade e à produção excessiva, as águas se deterioram. Quando o Grande Terremoto do Leste do Japão, em 2011, devastou a região, GOTO Kiyohiro, um ostreicultor local, fez do desastre uma oportunidade para implementar um novo método de cultivo. Ele propôs aos companheiros a adotar um cultivo menor, porém sustentável. A qualidade das águas se recuperou e, atualmente, Tokura produz ostras mais roliças e saborosas do que antes.

Há muito tempo, o animê japonês tem apreciadores em todo o mundo. Muitos são também fãs dos dubladores, conhecidos como seiyu, que dão vida aos personagens dos animês. Ser dublador seiyu se tornou uma carreira muito procurada, e sua técnica é ensinada em muitas escolas especializadas no Japão. Os instrutores de um curso de seiyu em uma universidade de Osaka são profissionais experientes que treinam os estudantes em técnicas de animê, bem como em interpretação de vozes. Ao longo do curso, os alunos desenvolvem uma ampla gama de vozes para desempenhar qualquer personagem, não importando a idade ou o sexo. Veja como os subladores que vão dar vozes aos futuros heróis dos animês aprendem o ofício.

Kumiko é um artesanato tradicional do Japão em que peças finas de madeira são encaixadas de forma complexa sem o uso de pregos. A técnica tem sido utilizada por muitos séculos em ornamentos de edifícios e, ainda hoje, é apreciada pela beleza sutil e natureza ecológica. A cidade de Okawa, na província de Fukuoka, historicamente conhecida por sua indústria madeireira, é, também, famosa pelo artesanato kumiko. No vídeo, vemos uma mulher de sétima geração de uma família de artesãos de kumiko que está abrindo caminho com novos designs, e um homem que usa essa técnica para criar produtos, como luminárias e painéis, adequados aos ambientes modernos. O secular artesanato kumiko está em constante evolução dando um novo encanto à decoração de interiores.

Maquinarias pesadas utilizadas nas obras de construção civil são indispensáveis após desastres naturais. Por exemplo, as escavadeiras removem a terra e os escombros, permitindo iniciar os trabalhos de resgate e reconstrução. Recentemente, um grupo de voluntários, que envia operadores dessas máquinas aos locais atingidos por catástrofes, percebeu que seria útil treinar os residentes locais para que eles próprios operem os equipamentos em caso de emergência. Neste vídeo, vemos mulheres, cuja experiência em desastre em sua cidade natal inspirou-as a fazer o treinamento. Elas formaram sua própria equipe e, atualmente, prestam preciosa ajuda em áreas próximas afetadas por desastres operando grandes escavadeiras.

Nara era a capital do Japão há 1.300 anos, antes de Kyoto. Hoje, a cidade é famosa pelo Parque de Nara e seus bens culturais, alguns deles registrados como patrimônios mundiais. No parque, vivem cerca de 1.200 veados que, embora completamente selvagens, aproximam-se sem receio das multidões de turistas. Este raro exemplo de coexistência entre humanos e animais selvagens parece existir graças a uma combinação de um ambiente natural original com o apoio dos habitantes ao longo dos séculos, um legado que Nara está determinada a preservar.

No mundo inteiro, a dança nunca esteve tão popular, e esse fato não é exceção no Japão. Com pontos positivos, tanto como esporte quanto como um meio de autoexpressão, a dança tornou-se uma disciplina obrigatória nas escolas ginasiais (2º ciclo do ensino fundamental) do Japão desde 2012. A dança atlética, conhecida como breaking, estreará como modalidade olímpica nos Jogos de Paris em 2024, e o time japonês é um potencial candidato à medalha de ouro. Portanto, não é surpreendente que a primeira liga de dança profissional do mundo tenha sido criada no Japão, uma competição que vem aperfeiçoando as habilidades dos dançarinos locais desde 2021.

A cobertura do Tokyo Dome, o maior estádio coberto do Japão, é feita de uma membrana fina de tênsil apoiada por pressão de ar. A utilização da membrana, que permite grandes espaços interiores sem pilares, foi feita pela primeira vez no pavilhão dos Estados Unidos da Expo’70 de Osaka. Atualmente, os avanços na tecnologia permitem que os tetos de membrana sejam usados permanentemente. Assim, os arquitetos estão aplicando a membrana em projetos ousados como, por exemplo, de guarda-sóis que cobrem uma praça na Arábia Saudita e da espetacular cúpula da Expo’2020 de Dubai. A tecnologia de membrana também está sendo empregada com alta eficácia no setor de medicina e na mitigação de desastres.

O beisebol foi introduzido no Japão em 1872 por Horace Wilson, um professor americano da escola predecessora da atual Universidade de Tóquio. Nos 150 anos seguintes, ligas profissionais se desenvolveram e o beisebol se tornou um dos esportes mais populares do Japão, jogado por homens e mulheres de todas as idades. O campeonato anual intercolegial de beisebol é um evento relevante do verão, acompanhado avidamente por fãs em todo o país. O alto nível do beisebol japonês faz com seus melhores jogadores sejam disputados pelos times da Liga Principal dos Estados Unidos. O beisebol ao estilo japonês está se espalhando pelos países da Ásia e da África, que apreciam sua cultura única de respeito e boas maneiras em campo.

As ilhas de Okinawa, localizadas na região sudoeste do Japão, possuem sua própria cultura. Historicamente, elas foram o berço de artes tradicionais como a dança kumiodori e o caratê, a arte marcial mundialmente popular. Hoje, a Escola de Pós-Graduação da Universidade de Ciências e Tecnologia de Okinawa lidera o mundo em pesquisas de DNA ambiental para o cultivo de recifes de coral, visando mitigar as mudanças climáticas nos mares. O Castelo de Shuri, principal símbolo da cultura de Okinawa, que foi destruído pelo fogo em 2019, está sendo rapidamente restaurado. Estudantes locais utilizam a tecnologia de realidade virtual para mostrar o castelo remotamente aos turistas durante a sua reconstrução.

Dagashi são docinhos, como balas, chicletes e biscoitos, alguns familiares, e outros exclusivos do Japão, embalados em pequenas porções e vendidos em grande variedade. São frequentemente vendidos soltos em potes de vidro e a preços suficientemente baixos para que as crianças possam pagar com suas mesadas. As lojas, conhecidas como dagashi-ya, são mais do que locais remanescentes dos bons tempos do passado. Elas continuam sendo um lugar para as crianças aprenderem a lidar com dinheiro, e um ponto de encontro seguro da meninada, monitorado por olhos atentos dos adultos do bairro.

Visitamos uma fazenda leiteira situada na cidade de Tóquio, que aproveita as vantagens da sua localização em um ambiente urbano para criar seu gado de cem vacas de forma sustentável. Ela utiliza recursos obtidos nas proximidades e, dentre os itens, o pó de café usado, fornecido por uma fábrica de café local, é um recurso especialmente importante. Espalhado, diariamente, no chão do estábulo, o pó de café elimina o cheiro do esterco, um grande problema para os criadores de gado. E as vacas, que dormem neste piso macio e são alimentadas com uma mistura nutritiva de restos de alimentos reciclados, desfrutam uma vida confortável, o que leva à melhora da qualidade do seu leite. Esta fazenda é um grande exemplo que indica o potencial de uma agropecuária urbana sustentável.

O Japão tem sido líder mundial na criação de softwares e hardwares de videogames. Com o avanço da tecnologia de computação, muitas pessoas se tornaram capazes de fazer a programação dos seus próprios jogos. Agora, no Japão, criadores de jogos adolescentes aceitaram o desafio. Desde 2014, a empresa de jogos Unity realiza a “Copa Unity dos Jovens Criadores”. Neste concurso, participam desde estudantes do ensino fundamental até aqueles do ensino médio ou técnico, que submetem jogos criados por eles mesmos, cheios de originalidade. Conversamos com dois jovens que ganharam o primeiro e o segundo prêmios e vimos o quanto seus jogos são surpreendentemente sofisticados.

Ponteiros e números de mostradores de relógios de pulso que brilham no escuro. Isso ocorre graças a uma tinta fosforescente aplicada nesses pontos. As antigas tintas luminosas apresentavam problemas, mas uma empresa japonesa conseguiu desenvolver um novo tipo de pigmento, que é dez vezes mais brilhante e dez vezes mais duradouro. O pigmento é agora utilizado em praticamente todos os relógios de luxo do mundo. Com um brilho duradouro e sem necessidade de energia elétrica, é ideal para sinalizações e indicações de emergência. Começando pela aplicação em tecidos, a utilização desta nova tecnologia está se expandindo também a vários outros campos.

Quadros negros e giz são itens familiares nas escolas em todo o mundo. No Japão, estudantes de ensino médio decidiram usá-los para criar arte, que tem causado sensação nas mídias sociais. Inspirados no antigo costume de colocar mensagens e desenhos nas lousas para parabenizar os alunos formandos, os estudantes começaram a fazer obras de arte cada vez mais ousadas e complexas com giz. Sua popularidade levou um fabricante de equipamentos e artigos escolares a patrocinar um concurso de arte em quadro negro. Atualmente, os trabalhos estão inspirando até artistas profissionais que têm aderido à nova expressão artística.

Amami-Oshima é uma ilha localizada no extremo sul do Japão e é famosa pelo seu ambiente natural, lar de muitas espécies raras encontradas somente aqui e em ilhas ao redor. A biodiversidade da ilha, com mais de 700 espécies nativas, fez com que Amami-Oshima fosse registrada como parte de um Patrimônio Natural Mundial da Unesco em 2021. Nesta pequena ilha, animais raros e seres humanos vivem tão próximos que, frequentemente, acidentes causam danos à vida selvagem. No entanto, graças aos esforços dos ilhéus e de uma veterinária local, as medidas para proteger esta biodiversidade estão sendo bem sucedidas.

Chiyogami é um tipo de papel originado do tradicional washi artesanal, decorado com desenhos coloridos inspirados na beleza da natureza. Ainda hoje, é confeccionado por métodos tradicionais em oficinas, algumas datadas do século 19. Existem mais de 1.000 padrões, aplicados por pincel ou por impressão em xilogravura. Os papéis chiyogami, muito usados em origami, estão, agora, se tornando populares também no exterior. No Japão, são amplamente utilizados para decorar artigos de papelaria e fazer ornamentos.

Técnicas para viver no espaço continuam a evoluir. Atualmente, os astronautas contam com uma grande variedades de comidas para escolher. Em fevereiro de 2021, os tripulantes da Estação Espacial Internacional saborearam lámen espacial com sabor de frango e macarrão frito yakisoba desenvolvidos pelo fabricante japonês que inventou o macarrão instantâneo em copo. Também apresentamos o projeto de uma escola de ensino secundário, cujos alunos se dedicaram 14 anos para criar uma comida espacial: cavala cozida em lata. Novos tipos de comidas espaciais estão sendo produzidas no Japão, uma nação bastante conhecida tanto pela sua alta tecnologia como pela sua sofisticada culinária.

O método tradicional de confeccionar folhas de ouro muito finas, de até 1/10.000 de milímetro, é um dos 17 artesanatos japoneses usados na arquitetura, registrados na lista de Patrimônios Culturais Intangíveis da Humanidade da Unesco. As folhas de ouro são produzidas principalmente em Kanazawa, onde o clima úmido impede a geração de eletricidade estática e torna as folhas fáceis para trabalhar. Por mais de 400 anos, estas folhas de ouro têm sido usadas na restauração de construções históricas famosas como o Templo Kinkakuji e o Santuário Toshogu de Nikko. Sua suavidade faz com que elas sejam usadas até na culinária, dando um toque de luxo aos doces.

O aquecimento global está tornando os verões cada vez mais quentes, com a insolação e a hipertermia se tornando perigos cada vez maiores. A tecnologia japonesa está desenvolvendo novas maneiras de tornar mais frescas as vidas das pessoas. Neste vídeo, mostramos uma folha adesiva, que mantém o corpo refrescado por oito horas sem necessidade de água ou gelo; uma tecnologia de resfriamento suave mas altamente eficaz que atua nos vasos sanguíneos que controlam a temperatura do corpo; e uma bebida cujo conteúdo é feito de partículas de gelo extremamente pequenas que são, agora, um grande sucesso entre trabalhadores e atletas que atuam em condições severas de calor.

Em Asakusa, uma parte antiga de Tóquio e um popular ponto turístico, é comum ver jinriquixás correndo pelas ruas. Mais rápido que andar a pé, mas mais relaxante do que viajar de carro, eles são uma maneira agradável de visitar templos, santuários e as pitorescas ruelas escondidas deste antigo distrito. Outra atração são os seus condutores, que também fornecem animadamente informações sobre as atrações locais, enquanto levam os turistas a bordo. Visitamos uma oficina de jinriquixás onde eles são montados manualmente por um artista altamente qualificado que também projeta novos tipos desses veículos para casamentos e eventos especiais, com cores deslumbrantes e iluminações com lâmpadas LED.

Tsukudani é uma iguaria frequentemente servida como acompanhamento de refeições japonesas. Feito com frutos do mar, algas ou verduras cozidos em um caldo adocicado à base de molho de soja, foi inventado pelos pescadores como uma forma de conservar por longo tempo os frutos do mar não vendidos. A área à beira-mar em Tóquio, onde teve origem, ainda tem casas de tsukudani com mais de 200 anos de existência. Visitamos uma loja que consegue um sabor único utilizando um molho que tem sido concentrado ao longo de gerações, e uma outra que recebeu prêmios no exterior por seus métodos inovadores de preparação. Elas deram toques especiais aos tradicionais tsukudani, tornando-os altamente combináveís, não somente com comidas japonesas, como também com pratos internacionais.

A geração de energia solar é obtida graças a uma tecnologia de descarbonização altamente promissora. Agora, essa atividade recebeu um novo impulso de uma empresa japonesa que projeta e constrói telhados. Os grandes telhados das fábricas são ideais para a instalação de painéis solares, mas não são suficientemente fortes para suportar o peso. Então, a empresa e fabricantes de equipamentos elétricos desenvolveram novos métodos para resolver essa questão: um sistema de trilhos que permite a instalação de painéis comuns em telhados ondulados, e outro, que consiste de painel de filme fino montável em telhados ainda menos resistentes. Os lucros obtidos das vendas de painéis solares no Japão subsidiam projetos para levar eletricidade a escolas rurais em países com infraestrutura precária.

Rakugo é um tipo de entretenimento que se tornou popular entre o povo japonês no século XVII. Um artista se senta em uma almofada no palco e conta, sozinho, uma história bem humorada, em forma de uma conversa. O contista interpreta diversos personagens. Ele muda o tom da voz e os gestos de acordo com o papel que está representando e usa apenas um leque e um pequeno pano de algodão como adereços. Muitos dos antigos contos ainda são populares e, nestes últimos tempos, o rakugo está ganhando fãs ao redor do mundo. Neste vídeo, vemos uma peça desempenhada por uma professora, que pesquisa sobre humor e apresenta rakugo em inglês. A recepção entusiasmada que ela recebeu em muitos países prova que o poder do riso não conhece fronteiras.

Os cafés temáticos são um grande sucesso no Japão, e sua popularidade continua a crescer. A ideia de "cafés temáticos" começou em Akihabara, o centro da cultura pop japonesa, com seus famosos "cafés com criadas". Agora, eles são encontrados em todos os lugares e se diversificaram para atender aos gostos de todos, desde os apreciadores de trens aos fãs de ninjas. Há até mesmo um café-bar, que tem como tema experimentos científicos. Ele é dirigido por um cientista de verdade, e os visitantes podem ver bebidas com reações típicas de um laboratório. Os cafés temáticos não são apenas lugares divertidos para comer e beber. Eles permitem também que você se envolva em atividades emocionantes.

Cirurgiões do mundo inteiro procuram os melhores instrumentos para usar nos seus procedimentos de salvamento de vidas. Alguns desses dispositivos médicos considerados de classe mundial são, na verdade, fabricados em pequenas fábricas japonesas. Um exemplo é a agulha cirúrgica mais fina do mundo. Com apenas 0,03 mm de diâmetro, esta agulha tornou possível suturar minúsculos nervos e vasos sanguíneos. Outra fábrica em Tóquio produz tesouras cirúrgicas de última geração usadas por neurocirurgiões do mundo todo. Esta fábrica revisou seu sistema de produção artesanal para atender à crescente demanda. Os instrumentos cirúrgicos e sua produção continuam a evoluir acompanhando o avanço dos tratamentos médicos.

No Japão, é costume descalçar os sapatos e usar calçados internos ao entrar em uma casa ou uma instalação pública. Este costume vem de cerca de 150 anos atrás, quando os japoneses confeccionaram calçados internos para os visitantes ocidentais que não estavam acostumados a tirar os sapatos na entrada. Com o passar dos anos, os chinelos se tornaram o tipo mais comum desses calçados e, hoje em dia, eles existem em uma grande variedade de estilos. Recentemente, novos designs que visam manter as pessoas saudáveis em casa, melhorando a postura, também foram desenvolvidos. Neste vídeo, veremos como a cultura de usar chinelos evoluiu a partir do amor à limpeza.

Atualmente, o lámen é um dos pratos japoneses de macarrão mais populares. A primeira casa de lámen do Japão surgiu há cerca de 100 anos, servindo um talharim com caldo temperado com molho de soja, que se adaptava ao gosto japonês. Ao longo dos anos, muitas variedades de caldos foram desenvolvidas para proporcionar uma seleção mais ampla. Agora, existe até mesmo um restaurante de lámen citado no Guia Michelin de Tóquio. Seus pratos, com uma excelente fusão de ingredientes japoneses e ocidentais são sucessos no mundo todo. Várias inovações, tais como o lámen Halal, estão ajudando a difundir o encanto do lámen além das fronteiras.

O maior robô humanóide móvel do mundo encontra-se agora em exibição em Yokohama. Com 18 m de altura, é uma reprodução em escala real do robô gigante que se tornou famoso pela popular série de animês de TV "Mobile Suit Gundam". Três engenheiros, que também são fãs do Gundam, assumiram o desafio sem precedentes de criar um robô que se move dinamicamente na vida real como no original em animê. O desenvolvimento deste robô gigante levou seis anos entre tentativas e erros, mas agora, finalmente, o resultado do projeto está pronto para ser lançado.

Edo Kiriko é um artesanato de incrustação em vidro que existe no Japão há cerca de 200 anos, época em que Tóquio era chamada de Edo. Suas peças se caracterizam pelos adornos com mais de uma dezena de belos padrões, cada um com um significado tradicional. O trabalho, feito totalmente a mão, requer uma habilidade altamente qualificada. Atualmente, há cerca de 100 artesãos de Edo Kiriko na ativa, desde jovens até veteranos. Muitos deles estão dando um novo toque com designs diferentes e próprios que estão ajudando a aumentar o fascínio desta arte.

Uma tecnologia que, através da utilização de IA e sensores, opera dispositivos sem necessidade de tocá-los diretamente, está sendo amplamente adotada no Japão graças aos seus benefícios na higiene e segurança públicas. Uma nova inovação é a "tela aérea", cuja tecnologia faz com que as imagens apareçam no ar. Como se fosse um efeito de um filme de ficção cientítica, a tela pode ser usada simplesmente tocando a imagem refletida no ar. Esta tecnologia abre um novo mundo de aplicações sem necessidade de toque físico, como, por exemplo, na prevenção de doenças infecciosas e até no desenvolvimento de vários tipos de entretenimentos.

Bolinhos feitos de arroz mochi são tradicionalmente consumidos em comemorações e no ano-novo, quando também são utilizados como peças de decoração. Os japoneses começam o novo ano tomando uma sopa chamada zoni, feita com ingredientes locais e mochi como item principal. Os ornamentos de ano-novo feitos de mochi ganham uma forma bastante original na cidade de Takayama, em Gifu. Os moradores fazem hanamochi, um costume que vem de mais de 450 anos atrás. Consiste em enrolar pequenos pedaços de mochi e aderi-los em ramos simulando botões de flores. A tradição foi criada pelos agricultores locais como uma prece por boa colheita e felicidade da família. Na cultura japonesa centrada no arroz, o mochi continua a ser um símbolo de prosperidade.

O aikido é uma arte marcial relativamente nova, em comparação com outras modalidades tradicionais. Também foi criado como um caminho que tem como meta final cultivar e desenvolver o espírito. A essência do aikido é, às vezes, considerada como o “amor”, uma vez que o praticante alcança uma harmonia com o adversário em vez de nutrir a ânsia de combatê-lo. Utiliza técnicas que cortam rapidamente, com espírito calmo, o ataque do oponente. Acrescentando sua força à força do adversáro, desequilibra-o e o faz cair. Controla o adversário sem atacá-lo, sintonizando-se com ele enquanto reprime seus próprios sentimentos agressivos. Pode-se dizer que o aikido seja a arte marcial mais gentil entre todas.

Kyudo é uma arte marcial que utiliza arco e flecha, mas ao contrário de outros esportes de tiro com arco, seu verdadeiro objetivo é muito mais do que simplesmente acertar um alvo. Dando enfoque a postura e atitude corretas, com total consciência de si mesmo, o espírito de kyudo é expresso pelo termo mushin – uma mente pura, livre de quaisquer pensamentos que distraem. Para se entrar nesse estado é necessário um treinamento longo e contínuo, e nas competições de kyudo, embora os pontos sejam marcados por acertar o alvo, os juízes colocam mais ênfase na boa postura e na calma de espírito. Kyudo é a arte marcial japonesa mais frequentemente comparada ao Zen.

Na arte marcial kendo, as lutas são realizadas com espadas de bambu chamadas shinai. No entanto, vencer em kendo requer muito mais do que dominar técnicas. O mais importante é desenvolver um espírito forte e destemido, e isto é um fator importante no julgamento das competições. Com origens nos treinos de espadas dos samurais, luta-se o kendo com atitude mental de guerreiro. Mas, atualmente, em vez de vencer no combate, o objetivo é desenvolver o caráter e a autodisciplina, assim, os treinos rigorosos são valorizados tanto quanto as competições. Uma parte essencial desta tradição é a relação profunda e respeitosa entre o mestre e o aluno.

Shodo é a arte tradicional de escrever com pincel e tinta. Existem muitas técnicas especiais, sendo as mais importantes harai, em que se adiciona espessura ao final de uma pincelada, e tome, em que se pressiona o pincel dando uma parada enfática. No Japão, escrever de forma bela é uma virtude, assim, muitas pessoas vão à escola para aprender shodo. Os alunos começam copiando exemplos de caracteres para praticar os movimentos básicos do pincel antes de prosseguir ao aprendizado dos cinco principais tipos de caligrafia. Shodo é muito mais profundo do que simplesmente escrever bonito. É uma forma de arte em que o autor expressa sua personalidade e sentimento.

Os tambores de estilo japonês, wadaiko, contam com uma história de mais de 1.300 anos. Eles são, desde antigamente, tocados em festivais e em rituais de santuários e templos e têm um papel essencial nas artes cênicas tradicionais como gagaku e kabuki. Os tambores produzem um forte efeito reverberante graças à sua estrutura típica interna. Atualmente, tocar wadaiko é um hobby muito popular e as escolas que ensinam sua técnica são procuradas por muitos, independentemente da idade. A maneira como os percussionistas colocam o corpo e o espírito em cada batida torna a execução de wadaiko ainda mais atraente tanto para ouvir como para ver.

No Japão, várias danças antigas como o noh, com seus movimentos lentos e imponentes, e kabuki, animado e dinâmico, continuam bastante populares. Mas nenhuma é tão apreciada quanto nihon buyo, criada há cerca de 400 anos, que incorpora elementos tradicionais antigos. A arte de nihon buyo continua a evoluir através de gerações de professores e aprendizes e, hoje, conta com cerca de 120 escolas diferentes. Os alunos começam a aprender os movimentos básicos e as técnicas especiais para mover os pés, mãos e pescoço. Observamos os dançarinos enquanto eles praticam e vimos como o nihon buyo expressa de forma única o senso de beleza dos japoneses.

O judô é uma arte marcial que desenvolve tanto o corpo como o espírito utilizando a força com a máxima eficácia. Os praticantes devem dominar cerca de 100 técnicas distintas, todas baseadas na filosofia fundamental de que a suavidade supera a resistência. O grande apelo do judô é a confiança que ele dá diante de adversários bem maiores e fortes. O judô foi a primeira arte marcial classificada oficialmente como esporte nos Jogos Olímpicos de Tóquio de 1964. Com base no respeito mútuo entre os adversários, independentemente de quem ganha ou perde, o judô é, hoje, apreciado como esporte e arte marcial em mais de 200 países e regiões.

A arte de arranjo floral do Japão, kado, capta nossos corações simplesmente por sua existência. Ela transmite sua mensagem sem necessidade de palavras ou música. Kado evoluiu em distintas escolas, mas a mais antiga compreende três estilos fundamentais: rikka, shoka e jiyuka. Rikka expressa a beleza da natureza em todas as suas formas. Shoka, o estilo mais simples, mostra a energia vital das plantas. E jiyuka é o estilo mais contemporâneo. Versátil para ser exibido em qualquer lugar, permite que o autor expresse diretamente suas emoções. Bastante popular ainda nos dias de hoje, há cursos que ensinam essa arte em todos os lugares do país. Kado representa o espírito japonês de harmonia e respeito pela natureza.

O volume de resíduos plásticos continua a aumentar e tornou-se um problema ambiental significativo em termos globais. As empresas japonesas têm buscado soluções, e o bioplástico é um recente desenvolvimento altamente promissor. Visitamos uma empresa química sediada em Tóquio que desenvolveu a capacidade de um micróbio natural decompor completamente os plásticos na água do mar ou no solo. Uma desvantagem é que os bioplásticos não são fáceis de serem moldados em formas complexas. Porém, uma outra empresa japonesa utilizou sua perícia na fabricação de moldes metálicos para vencer esse problema, aumentando significativamente a versatilidade deste material ecológico.

O Lago Shikotsu, na província de Hokkaido, é famoso pelas águas azuis, tão puras que, por onze anos consecutivos, têm sido consideradas como de melhor qualidade no Japão. Cerca de 40 anos atrás, o lago era procurado por um grande número de turistas somente no verão, uma vez que os visitantes evitavam ir à região no rigoroso e gelado inverno. Os habitantes locais pensaram em vários meios para atrair visitantes no inverno, e decidiram criar este festival. A ideia era bombear as águas azuis do lago e congelá-las em foma de esculturas e mostrar um mundo deslumbrante de gelo azul. Neste ano, foram erguidas cinco esculturas imponentes, que brilham esplendidamente ao sol e se tornam ainda mais espectaculares quando iluminadas à noite.

Kyoto atrai turistas de todo o mundo com seus santuários e templos históricos, especialmente no outono que traz uma bela coloração à cidade. Há também muitas lojas de artesanato, com muitos séculos de existência, que estão adaptando suas técnicas tradicionais aos tempos modernos. Este vídeo apresenta um fabricante de guarda-chuvas de estilo japonês, wagasa, feitos de papel washi, que cria luminárias, cuja luz se reflete em tons suaves através do papel. Uma outra loja secular, que fabrica pigmentos para a pintura de Nihonga, trouxe inovação para o mundo de manicure. Criou esmaltes para as unhas utilizando gofun, um pó branco feito de conchas de vieiras trituradas, que é a base das tintas de Nihonga.

Os artigos de papelaria do Japão têm fãs em todo o mundo graças à sua constante inovação. Eles tornam a vida mais agradável em casa e no trabalho, e são tão populares que, anualmente, é realizada uma exposição em Tóquio dedicada para apresentar novas ideias e designs. Embora vivamos em uma era digital, muitas pessoas ainda gostam de escrever e fazer coisas à mão, e os artigos de papelaria permitem que elas expressem sua criatividade. Um item de sucesso nestes últimos tempos é a caneta de vidro, fabricada uma a uma artesanalmente. Os usuários também apreciam o modo de poder misturar as tintas para que essas canetas tornem sua escrita ainda mais personalizada.

Os peixes dos mares que banham o Japão sempre foram ingredientes chave na culinária japonesa. Há mil anos, o kamaboko foi desenvolvido para preservar o peixe que se deteriora facilmente. A carne de peixe é transformada em pasta que, depois, é cozida ao vapor ou assada. Tornou-se costume comê-lo em ocasiões comemorativas. Há muitas variedades regionais de kamaboko, e o tipo mais popular é aquele que vem sobre uma fina placa de madeira. Saiku Kamaboko, a especialidade de Toyama, é confeccionado em vários formatos, com motivos considerados tradicionalmente de boa sorte, tais como pargo, grou e tartaruga, e é usado como peça central em celebrações de eventos importantes da vida, tais como casamento.

Desde tempos antigos, os japoneses acreditam em seres misteriosos com poderes sobrenaturais, conhecidos como yokai. Existem muitos tipos, desde os tengu, que voam nas profundezas das montanhas, até os kappa, que vivem nos rios. Demos enfoque a este mundo em uma pequena cidade do interior que explorou as tradições dos yokai para atrair turistas. E, em uma resposta rápida à pandemia do coronavírus que se propaga em todo o mundo, um yokai chamado Amabie se tornou um símbolo de esperança no Japão, inspirando as pessoas a postarem ilustrações em redes sociais, confeccionarem bonecos e até doces com a sua imagem. Acredita-se que as lendas dos yokai tenham surgido ao longo dos séculos refletindo os medos e incertezas das pessoas em tempos de catástrofe. Hoje em dia, os japoneses têm um grande carinho por essas misteriosas criaturas.

Kokeshi são graciosos bonecos tradicionais do Japão, feitos de madeira que, com linhas simples e colorido vivo, representam, em geral, meninas vestidas com quimono. Este artesanato se originou na região de Tohoku, onde ainda prospera a confecção de onze tipos tradicionais de kokeshi. Naruko Onsen, em Miyagi, é a cidade que mais produz kokeshi. Conversamos com Tanabe Kaori, que deixou seu emprego anterior de engenheira para se tornar uma artesã de kokeshi. Ela nos conta como aprende as difíceis técnicas de pintar os traços delicados das bonecas sob a orientação do mestre artesão Okazaki Yasuo. As antigas tradições continuam a evoluir, e os recentes e criativos designs de kokeshi atraem muitos apreciadores, em especial, as mulheres.

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável declarados pelas Nações Unidas é cortar pela metade o desperdício de alimentos no mundo, e novas tecnologias japonesas estão contribuindo nessa área. DayBreak, uma empresa localizada em Tóquio, utiliza uma técnica especial de congelamento para preservar frutas por muito mais tempo do que os freezers convencionais, ao mesmo tempo em que mantém o sabor e a nutrição originais. Isle, uma outra empresa em Nagasaki, adotou uma abordagem diferente com um método de secagem e processamento de vegetais em folhas finas que permite armazenar por longo tempo vários alimentos que, de outra forma, seriam descartados. Essas folhas de vegetais são ideais como alimentos de emergência e sua versatilidade atrai chefs criativos. Apresentamos as mais recentes e inovadoras tecnologias japonesas, que tentam fornecer soluções para os problemas globais de alimentos.

O mangá cobre tantos gêneros que atraem todos os tipos de leitores e, agora que se tornou popular no mundo inteiro, há, também, um número cada vez maior de criadores de mangá no exterior. Apresentamos Asa Ekstrom, da Suécia, que criou uma mangá sobre suas experiências de vida no Japão que se tornou um grande sucesso junto aos leitores japoneses. Na cerimônia anual do Prêmio Internacional de Mangá do Japão para criadores estrangeiros, realizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, o primeiro prêmio deste ano foi para a taiwanesa Weili Joming. Ela abordou um tema sério - como enfrentar a morte, visto através dos olhos de um jovem diretor de funerais.

Desde tempos antigos, os japoneses acreditam em seres misteriosos com poderes sobrenaturais, conhecidos como yokai. Existem muitos tipos, desde os tengu, que voam nas profundezas das montanhas, até os kappa, que vivem nos rios. Demos enfoque a este mundo em uma pequena cidade do interior que explorou as tradições dos yokai para atrair turistas. E, em uma resposta rápida à pandemia do coronavírus que se propaga em todo o mundo, um yokai chamado Amabie se tornou um símbolo de esperança no Japão, inspirando as pessoas a postarem ilustrações em redes sociais, confeccionarem bonecos e até doces com a sua imagem. Acredita-se que as lendas dos yokai tenham surgido ao longo dos séculos refletindo os medos e incertezas das pessoas em tempos de catástrofe. Hoje em dia, os japoneses têm um grande carinho por essas misteriosas criaturas.

Harajuku, um centro comercial em Tóquio, é mundialmente famoso por sua moda “kawaii”. A última versão dessa linha é “yume kawaii”, ou roupas e acessórios em tons pastéis com design gracioso que evocam o mundo dos sonhos das meninas. Tornou-se um boom tão grande que a moda se expandiu para doces e artigos de papelaria. Entre outros, um café de Harajuku serve bolos e outros petiscos “yume kawaii” em colaboração com os criadores de Hello Kitty. Conhecemos alguns jovens designers e descobrimos como “yume kawaii” incentiva os jovens japoneses a se divertirem expressando seu modo de ser através da moda de rua.

Em 2011, o fabricante de violinos Nakazawa Muneyuki e sua esposa violinista, Kimiko, ficaram profundamente emocionados com as imagens mostradas pela televisão. Eram montanhas de destroços e árvores arrancadas deixadas pelo Grande Terremoto do Leste do Japão e o tsunami que veio em seguida. Nakazawa decidiu confeccionar um violino usando madeira recuperada do local mais atingido pelo tsunami, Rikuzentakata, na província de Iwate. Para a alma do violino, a parte que determina o tom do instrumento, ele utilizou um pequeno galho do Pinheiro do Milagre - a única árvore que permaneceu ereta, resistindo ao tsunami. Dez anos após o desastre, seu violino, que ele chamou de "Tsunami Violin (Violino do Tsunami)", é tocado em concertos por todo o Japão, garantindo que as experiências vividas naquele dia terrível jamais sejam esquecidas.

Cerca de dois bilhões de habitantes, ou 30 por cento da população mundial, não têm acesso a água potável. Um dos principais motivos é o alto custo de construção e manutenção das instalações de tratamento de água. Apresentamos um pesquisador japonês, cujo método de purificação de água a baixo custo que utiliza ecossistemas naturais já está em uso em mais de 30 países. Também conversamos com um outro pesquisador que desenvolveu cristais artificiais para uso em garrafas de água que removem metais pesados nocivos como o chumbo. Essa abordagem é agora implementada na África e está contribuindo para realizar um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU de fornecer água potável para todos.

Los visitantes a Japón quedan a menudo encantados con la increíble variedad de dulces que encuentran. Uno, exclusivo de Japón, ayuda a los niños a aprender a hacer sus propias golosinas. Al no usar colorantes artificiales o conservantes, son completamente seguros para comer. Cuando el primer dulce de este tipo fue lanzado, hace unos 30 años, los niños quedaron fascinados por la manera en que cambiaban los colores al mezclarse y porque les permitía experimentar en la práctica las reacciones químicas que estudiaban en su escuela. Las investigaciones recientes demuestran que jugar con estos productos tiene un efecto positivo educativo, como aumentar la concentración.

Sentando-se à mesa em um restaurante japonês, você receberá uma toalhinha umedecida “oshibori”. Ela não só serve para limpar as mãos antes da refeição, mas também é uma demonstração de “omotenashi”, ou hospitalidade. Normalmente, essas toalhas são fornecidas por uma empresa especializada que as entregam, recolhem e lavam atendendo aos mais exigentes padrões de higiene. A cultura de oferecer hospitalidade e limpeza também levou ao desenvolvimento de tecnologias avançadas que criaram toaletes com arrojados designs como, por exemplo, sanitários que se autolimpam com água que elimina bactérias. “Oshibori” e sanitários japoneses são alguns dos símbolos da hospitalidade à japonesa.

No mundo todo, 75% dos corais estão ameaçados de extinção. Encontramos um jovem japonês que planeja salvar os recifes de corais em Kyushu, no sul do Japão. KISHI Daigo começou a fazer pesquisas sobre corais na universidade e decidiu dedicar sua vida ao seu cultivo quando estudava na Ilhas Fiji. Atualmente, ele trabalha como salva-vidas no litoral da cidade de Nichinan e, ao mesmo tempo, se prepara para colocar em prática o seu projeto de cultivo de corais. KISHI está sendo ajudado por muitos habitantes locais, como um mergulhador, um professor universitário e um proprietário de um restaurante especializado em lagostas, que contam com habilidades e experiências relevantes. Vejamos, neste vídeo, os desafios de KISHI na regeneração de recifes de corais.

Um novo tipo de robô nos permite estar virtualmente em qualquer lugar, seja a trabalho ou em viagens de turismo. É o robô avatar e, neste vídeo, apresentamos dois deles. Um é ugo, que cuida da segurança e limpeza de um edifício. Ele usa braços que se movem livremente para realizar várias ações complexas, e inteligência artificial, IA, embutida, que permite que ele aprenda e execute novas tarefas. O outro é newme, cujo objetivo principal é facilitar a comunicação entre as pessoas. Se você não pode ir a algum lugar, ele faz com que você vá lá virtualmente e converse com as pessoas e veja o que elas estão vendo. O robô avatar ugo foi lançado ao espaço e, em breve, as pessoas na Terra poderão ver o planeta através dos seus olhos. Esses novos robôs prometem um mundo com novas e empolgantes experiências.

Nos tempos em que não havia ventiladores nem condicionadores de ar, os japoneses inventavam muitas maneiras para se refrescarem. Uma delas era pendurar um “fuurin”, ou sino de vento, onde sopra uma brisa para fazê-lo tocar. Seu tilintar nos faz pensar em vento e, assim, sentir mais frescor. Originalmente eram de metal, mas, agora, os "fuurin" são feitos de cerâmica, vidro e outros materiais. O sino de vidro Edo Fuurin tem um som muito distinto. Desenvolvido há 300 anos, ainda é confeccionado com técnicas tradicionais. Seu toque lembra o cantar dos grilos, um som típico das noites frias de outono no Japão. Neste vídeo, vamos conhecer o segr edo desta antiga e tradicional técnica.

Como uma medida para evitar a disseminação da Covid-19, as autoridades do setor de saúde do mundo todo estão exortando as pessoas a usarem máscaras. No Japão, mesmo antes do surgimento deste novo vírus, já era comum as pessoas usarem máscaras na vida cotidiana. Em especial, durante o inverno e a primavera, um em cada três japoneses tinha o costume de usá-las. Indispensáveis entre a maioria das pessoas, as máscaras estão ganhando novos e sofisticados designs que visam melhorar o ajuste e o conforto e proporcionar frescor. Atualmente, muitas pessoas estão expressando sua criatividade confeccionando suas próprias máscaras.

No Japão, as toalhas de mão “tenugui” são artigos típicos da vida cotidiana. Originalmente serviam para enxugar o suorou secar as mãos, mas, ao longo dos anos,essas toalhas finas de algodão passaram aser usadas em diversas ocasiões, desde cobriro cabelo até embrulhar objetos. Uma tendência recente é aproveitar desenhos de “tenugui” nadecoração de interiores e fazer máscaras charmosas. Visitamos uma antiga loja de “tenugui” em Tóquio para ver como astoalhas, feitas uma a uma manualmente, ganhamdesenhoscom belas gradações obtidas através da técnica de tingimento tradicional“Chusen”.

“Omakase” é uma forma especial de fazer pedidos no Japão. Vem de uma palavra japonesa que significa “confiar”. Por exemplo, em um restaurante de sushi, pedir “omakase” significa deixar parao chef a decisão doque servir -ele seleciona os itens que acreditaserem os melhoresao paladardo cliente. Recentemente, estão surgindo vários serviços “omakase”. Neste vídeo, vimos um serviçodeentrega mensaldevegetais cuidadosamente selecionados de Kochi,em Shikoku,paraclientes detodo o país, e um livreiro que envia livrosque ele escolhe de acordocom apersonalidade ea situaçãode vidado leitor. Mais do que simplesmente um serviço, “omakase”criarelaçõesde confiança.

A cor vermelha tem um profundo significado cultural para os japoneses. Ainda hoje, as crianças se vestem devermelhoem rituais xintoístaspara afastar os maus espíritos, e as noivas pintam seus lábios de vermelho para se proteger contra o infortúnio. De todos os corantes vermelhos, o beni, feito depétalas da flor de açafroa, é o mais precioso. A regiãodo rio Mogami, emYamagata,onde secultiva açafroadesde o século XVI,é sua maior produtorano Japão. As pétalas são secadas e prensadas em pequenas porçõeschamadas benimochi paratingir quimonos de alta qualidade. Também se produz tradicionalmente uma pintura para os lábios “beni”que dáum efeito verde cintilanteamado pelas mulheres japonesas há séculos.

A IA, ou inteligência artificial,está começando a ternovas aplicações no mundo do entretenimento. “Sai-chan” é um sistemabaseado em IA que cria ilustrações de rostos sob demanda, fornecendo resultados-que exigiriam semanas de trabalho humano-em apenas 0,03 segundo. Milhões de rostos criados por “Sai-chan”têm sido usados em produções de animêse jogos. Agora, em um audacioso projeto conjunto de homens e IA, está sendo desenvolvidauma nova obra “do” cartunista mais famoso do Japão, Tezuka Osamu, que faleceu décadas atrás. Do enredo ao estilo, ahistória em quadrinhos criada pela IA parece ternascido diretamentedas mãosdeTezuka.

Kanten é um produto alimentício feito de algas marinhas. É, historicamente, um ingrediente importante das comidas japonesas, usado especialmente em doces, uma vez que se pode produzir gelatina à temperatura ambiente adicionando-se água. Atualmente, o kanten é considerado um alimento saudável, vegetariano e rico em fibras. A maneira tradicional de fazer kanten ainda é praticada na área de Suwa, em Nagano. As variações da temperatura diária na região permitem o congelamento e a secagem naturais por repetidas vezes, levando cerca de duas semanas para produzir o famoso kanten, apreciado por sua textura agradável.

O mapeamento de vídeo permite que imagens sejam exibidas em superfícies, tais como paredes e edifícios, e é amplamente usado no mundo de entretenimentos. Agora, o Japão é líder no mundo na descoberta de novas utilizações dessa tecnologia. Nos canteiros de obras e nos hospitais, o mapeamento de vídeo está tornando o trabalho mais seguro e preciso. Neste vídeo, vemos um projeto de construção de um túnel numa importante rodovia na região de Tohoku, onde imagens de dados sobre as partes duras e brandas das rochas são projetadas na sua superfície para ajudar na colocação de explosivos. E, na sala de operações, vemos como as imagens projetadas nos órgãos humanos afetados guiam as mãos do cirurgião.

Sado, a cerimônia do chá, é a arte que talvez melhor expressa a tradição japonesa de hospitalidade. As regras estabelecidas para cada ação, desde o bater e o servir o chá a quaisquer movimentos realizados na sala de chá, são seguidas de acordo com os quatro princípios do sado – a harmonia, o respeito, a pureza e a serenidade. A prática constante da etiqueta de fazer e servir o chá desenvolve o espírito de sado. Esta antiga e sutil arte japonesa está, agora, se tornando popular em todo o mundo.

O quimono é um traje tradicional do Japão que data do século VIII, mas, ao longo dos anos, tem mostrado mudanças consideráveis. Com uma enorme variedade de designs, o quimono expressa uma abordagem ao belo original do Japão. Cerca de 70% dos tecidos de seda utilizados nos quimonos são produzidos na região de Tango, no norte da província de Kyoto. O tecido de crepe de seda, conhecido como “Tango Chirimen”, tem uma superfície finamente enrugada que reflete a luz aleatoriamente, adicionando profundidade e exuberância às cores. Hoje, existem até quimonos com motivos estrangeiros, influenciados por culturas e estilos do mundo todo. De uma forma renovada, essa peça tradicional do Japão continua a encantar um público cada vez maior.

No Japão, histórias de mangás, animês e videogames adaptados a “shows em 2,5D” estão, atualmente, gozando alta popularidade entre os jovens japoneses. Essa nova forma de entretenimento - 2,5D - se refere a efeitos combinados do mundo bidimensional, como animês e mangás, com o mundo tridimensional. Uma das obras mais apreciadas é “Naruto”, baseada no mangá sobre ninjas. Efeitos especiais fazem as técnicas ninjas dos atores parecerem super reais, dando vida ao mundo do mangá no palco. Essa mais nova forma de entretenimento do Japão está conquistando fãs em todo o mundo.

A educação alimentar, ou shokuiku, em japonês, é ministrada nas escolas japonesas para fazer as crianças adquirirem hábitos alimentares saudáveis e lhes prover conhecimentos básicos sobre comidas. Durante as refeições escolares, as crianças discutem com o professor o valor nutricional do cardápio do dia. Algumas vezes, elas aprendem sobre washoku, a cultura culinária tradicional do país, com cozinheiros profissionais. A educação alimentar está sendo iniciada também em algumas escolas maternais. Crianças em idade pré-escolar praticam o cultivo de plantas e a própria culinária. O sistema está contribuindo significativamente para a promoção da saúde física e mental dos japoneses.

Os japoneses têm a tradição de recriar a natureza em miniatura, e o bonsai é a arte mais famosa nesse gênero. Em bonkei, uma paisagem é reproduzida em uma bandeja usando areia, pedras, musgos e outros materiais sobre uma base constituída de terra. O artista monta o cenário de modo que ele seja visto de um determinado ângulo, usando técnicas de perspectivas que dão dinamismo e realismo. Uma outra arte em bandeja, bonseki, usa apenas areia branca e pedras. O artista usa instrumentos e itens especiais para modelar a areia de forma a expressar as sutilezas da água corrente e outros elementos da natureza. A beleza da paisagem japonesa é expressa em miniatura, em um estilo peculiar do Japão.

O Castelo de Kumamoto, ponto de referência muito amado por mais de 400 anos, foi imensamente danificado em 2016 por um grande terremoto. Quando o trabalho de restauração começou, logo se deparou com um problema muito sério - como recriar os tradicionais telhados. As telhas feitas de argila são excelentes isolantes, mas quando assadas, elas apresentam pequenas diferenças uma da outra, causando, assim, espaços entre elas quando montadas. Os artesãos corrigem a falha raspando alguns milímetros, mas no caso das obras do castelo, elas constituíram uma enorme missão, envolvendo dezenas de milhares de peças. Neste vídeo, vemos como os árduos esforços dos artesãos trouxeram esperanças e revigoraram os espíritos dos habitantes da região.

A cidade de Hirosaki, na província de Aomori, é um dos lugares mais famosos do Japão para a apreciação de “sakura”, ou as flores de cerejeiras, e atrai um grande número de turistas na primavera. As cerejeiras da cidade são cuidadas durante o ano todo por “médicos de árvores”, que se autodenominam membros da “Equipe Sakuramori”. Esses especialistas empregam técnicas de poda desenvolvidas para o cultivo de maçãs da região que mantêm as árvores livres de doenças, impedem a queda de galhos e prolongam suas vidas. O vídeo mostra os esforços feitos pelos especialistas para garantir um futuro saudável das cerejeiras de Hirosaki.

Muitos japoneses começam o dia fazendo exercícios usando suavemente todo o corpo, seguindo instruções e músicas transmitidas pelo rádio. Todos conhecem esses exercícios chamados de “radio taiso”, que começaram a ser divulgados há mais de 90 anos. São apenas três minutos de prática, e os exercícios são usados nas escolas para aquecimento antes das aulas de educação física e de eventos esportivos. Projetada para ser adequada a todas as idades e comprovadamente muito eficaz para manter a população idosa do país saudável e ativa, a ginástica pelo rádio do Japão vem ganhando popularidade em muitas partes do mundo.

Os enxertos de ossos sintéticos costumam ser praticados para substituir os ossos perdidos por doenças ou lesões. Mas, esse procedimento teve uma grande mudança. Um osso sintético completamente novo pode agora estimular o corpo a recuperar o osso perdido. Depois de estudar o mecanismo da regeneração óssea, o inventor usou um cálcio especial quase idêntico ao osso natural para desenvolver um osso sintético que faz com que o corpo comece a cultivar um novo osso. Depois de um ano, o osso natural substitui o osso enxertado. Pela primeira vez no mundo, a tecnologia de impressão 3D está sendo usada para criar esses ossos sintéticos com precisão de 0,1 milímetro, garantindo uma exata correspondência ao osso natural.

No Japão, é comum vermos “maneki-neko” enfeitando as entradas das lojas e residências. “Maneki-neko” é o nome desses encantadores gatinhos que trazem sorte. Sua pata direita acena atraindo riqueza e, a esquerda, atraindo clientes. Os que acreditam nessa crença oferecem gatos de cerâmica ao Templo Gotokuji, em Tóquio, onde teve início a superstição. A maioria desses gatos é feita em Seto, província de Aichi, um centro tradicional de cerâmica que realiza um festival anual de gatos da sorte, além de contar, também, com um museu de “maneki-neko” de todo o Japão. Nestes últimos tempos, essa tradição japonesa tem atraído as atenções das pessoas do mundo todo e, atualmente, artesãos de muitos países estão criando gatos da sorte no seu próprio estilo.

Izumo, na província de Shimane, de frente para o Mar do Japão, é o lar de alguns dos mitos mais antigos do país, além de contar com locais sagrados como o grande santuário de Izumo Taisha. As belas formações rochosas ao longo da costa oferecem vistas espetaculares das praias de Izumo. O pôr do sol é sagrado em Izumo, e as pessoas aqui preservam cuidadosamente a paisagem que o torna ainda mais belo. A qualidade do pôr do sol é prevista todos os dias e divulgada pela cidade. Também existe um festival em que os pescadores locais rezam pela segurança no mar e navegam juntos para venerar o pôr do sol.

As cidades do Japão estão liderando no mundo em termos de desenvolvimento e introdução de sistema totalmente automatizado de estacionamento em vários níveis para bicicletas. Tags de CI são a chave do sucesso desse sistema. Bicicletas equipadas com tags podem ser guardadas e recebidas de volta fácil e rapidamente, mesmo nos horários mais movimentados do dia. Os espaços de estacionamento em vários níveis podem armazenar um grande número de bicicletas utilizando eficientemente o subsolo e pequenas áreas da cidade. Esta nova tecnologia está contribuindo para o planejamento urbano, oferecendo praticidade e um aspecto bonito sem estacionamento de bicicletas à vista.

Os espetáculos de fogos de artifício são eventos tradicionais de verão no Japão. Os artifícios pirotécnicos japoneses são conhecidos pela perfeição e beleza de suas explosões esféricas. Visitamos uma fábrica de fogos de artifício em Tóquio que existe há 150 anos e conhecemos algumas das técnicas necessárias para confeccioná-los e como os artesãos estão transformando os tradicionais lançamentos de fogos em entretenimentos completos, combinados com apresentações musicais e artísticas. Isso é possível graças à habilidade dos artesãos em cronometrar precisamente as explosões dos fogos no céu em coordenação com as atuações dos artistas no palco.

Os pêssegos japoneses são famosos por serem doces, macios e suculentos. Visitamos a cidade de Koori, na parte norte de Fukushima, cujo solo e clima são ideais para o cultivo desses frutos. Logo após a ocorrência do grande terremoto de 2011, as exportações de pêssegos de Koori caíram, mas hoje, elas aumentaram e excedem o volume de antes do desastre graças à sua segurança comprovada. Os pêssegos Koori são de qualidade tão alta que, todos os anos, são selecionados e presenteados ao Palácio Imperial. Entrevistamos produtores de pêssegos e visitantes apreciando seus pomares.

No Japão, há uma grande variedade de refeições embaladas em caixas, conhecidas como “bento”, no idioma japonês. E ekiben são refeições em caixas vendidas nas estações ferroviárias. Normalmente, os japoneses as levam para comer durante as longas viagens de trem. Elas são uma ótima maneira de experimentar as diversas comidas típicas regionais enquanto se viaja pelo país. A Ferrovia Sanriku, que corre ao longo da costa da região nordeste Tohoku, oferece ekiben com peixes frescos capturados no mar que se avista pela janela do trem. E nos trens que vão à estância de águas termais de Hakone, perto de Tóquio, há um ekiben especial, vendido apenas quando florescem as famosas hortênsias da região. E, finalmente, visitamos Gunma, onde é vendido o ekiben mais famoso do Japão, Toge no Kamameshi, apreciado pelos japoneses há longo tempo. A refeição vem dentro de um recipiente de cerâmica tradicional, da cidade local Mashiko, que a mantém quente durante a viagem.

No caso de atletas paraesportivos, seu desempenho depende bastante do design e da qualidade dos equipamentos. Fabricantes japoneses estão ouvindo atentamente as opiniões dos paratletas e incorporando-as nos designs dos equipamentos para aprimorar sua capacidade. Neste vídeo, vemos um fabricante de membros artificiais colaborando com um medalhista paralímpico para desenvolver uma lâmina protética que ajuda os corredores competirem mais rápido do que nunca. Também é apresentado um consórcio de pequenas empresas de engenharia, cada uma com uma especialidade. Elas uniram suas habilidades para fortalecer e melhorar cadeiras de rodas para competições de basquete. A engenharia altamente avançada do Japão que atende às demandas detalhadas dos atletas está transformando o mundo dos paraesportes.

Temari são bolas coloridas feitas de linha, bordadas com motivos florais e animais. No Japão antigo, a bola temari era um brinquedo popular entre meninas e crianças. Hoje, elas estão sendo apreciadas como itens de decoração de interiores. Cada região do Japão tem sua própria tradição em bolas temari, e o estilo conhecido como Sanuki Kagari Temari é praticado há mais de 1.000 anos na cidade de Takamatsu, na província de Kagawa. Sua característica é a utilização de fios tingidos por pigmentos naturais vegetais. Tradicionalmente, são empregadas cerca de 140 cores. Neste vídeo, vemos como a artista Eiko Araki utiliza a sutil gradação de cores para criar um belo temari.

Neste vídeo, apresenta-se Yokohama, uma grande cidade portuária que se desenvolveu como porta de entrada da cultura estrangeira no Japão. É um lugar maravilhoso para se visitar, com atrações que vão desde belos parques com vista para a baía e ruas com antigas mansões no estilo do século 19 até um dos maiores bairros chineses da Ásia. A cidade também desempenha um papel importante no cenário internacional, sediando convenções que envolvem países do mundo inteiro. Recentemente, Yokohama também se tornou líder na questão ambiental. Em um aquário à beira-mar são dadas aulas sobre questões ambientais marinhas às crianças. E, no principal rio que corre pela cidade, movimentos para limpar suas águas foram iniciados aproveitando o interesse dos moradores por atividades aquáticas.

Em 2020, o caratê estreará como esporte olímpico. Esta tradicional arte marcial do Japão, centrada em golpes e chutes, conta com dois formatos de competição. Kumite é um tipo de luta sem contato, enquanto kata consiste de sequências de técnicas executadas sem adversário. O caratê moderno japonês tem raízes na tradicional arte marcial de Okinawa, onde a ênfase é dada principalmente em kata. Um praticante de caratê tradicional nunca ataca antes e, como essa arte melhora a autodisciplina e fortalece o espírito de respeito aos outros, ela é frequentemente ensinada nas escolas, especialmente em Okinawa.

Despertando o Artista Dentro de Você
Mangá é uma das subculturas que representam o Japão. Desenhar mangás também é altamente popular entre os japoneses. Até recentemente, os profissionais, na sua maioria, eram autodidatas, mas agora, há escolas que ensinam técnicas de mangá. Outra grande mudança nesse campo é que as mídias sociais oferecem oportunidades para os artistas publicarem facilmente suas criações. Neste vídeo, apresentamos o maior website de postagem de mangás e uma jovem artista que conquistou um público online tão grande que se tornou profissional quando ainda era estudante do ensino médio. Hoje, no mundo do mangá, é mais fácil do que nunca as pessoas se expressarem artisticamente.

Novas tecnologias para conservar os recursos globais estão sendo desenvolvidas no mundo todo. A mais recente contribuição do Japão nessa área é a criação de métodos inovadores para reduzir o impacto ambiental causado pela fabricação de papel. Um deles, que já está em uso em escritórios, transforma, pela primeira vez no mundo, papel usado em novo, apagando todas as impressões existentes e, o que é melhor, praticamente sem usar água. Outra tecnologia revolucionária é a de fabricação de papel usando o calcário, uma pedra encontrada em muitos lugares, como matéria-prima. Altamente resistente a líquidos e a rasgos, pode, também, substituir o plástico em muitos produtos.

Kitakagaya é um distrito localizado na parte sudoeste de Osaka, a segunda maior metrópole do Japão. Outrora famoso pela construção naval, o distrito de Kitakagaya é, agora, conhecido como um novo centro das artes. Jovens artistas e pessoas com criatividade têm vindo morar e trabalhar nos muitos prédios vazios da cidade. Uma empresa imobiliária local percebeu que esse movimento poderia revitalizar a área e começou a apoiar o fluxo dos artistas. Hoje, os visitantes vão a Kitakagaya para apreciar os murais de arte pop que decoram suas ruas e os emocionantes eventos que apresentam gigantescas obras de arte nos antigos armazéns.

Os japoneses sempre gostaram de casas de madeira por conta da sua qualidade aconchegante e natural. Porém, devido ao perigo de incêndio, a madeira foi sendo substituída por aço e concreto. Agora, novas tecnologias estão trazendo-a de volta. Neste vídeo, vamos ver madeira à prova de fogo revestida com uma camada de vidro liquefeito e pilares feitos de camadas de madeira e placa de gesso tão resistentes ao fogo quanto o aço ou o concreto. Com tais inovações, será possível a construção de grandes estruturas totalmente em madeira. Essas novas tecnologias japonesas permitirão que sensações de aconchego e conforto sejam novamente vivenciadas em ambientes de madeira no mundo todo.

O Mercado de Toyosu, em Tóquio, é o maior mercado atacadista de peixes do mundo. No local, são manipuladas até 500 espécies procedentes do mundo todo, comercializadas por agentes especializados chamados “nakagainin”. Os “nakagainin” devem ser capazes de escolher exatamente o peixe que melhor atenderá às necessidades dos clientes, tais como os chefes de sushi que exigem o mais alto teor de frescura, sabor e qualidade. Essa capacidade de avaliar a qualidade somente com uma rápida olhada é tradicionalmente conhecida em japonês como “mekiki” e, no Mercado de Toyosu, podemos ver os agentes colocando o “mekiki” em ação.

Os smartphones são, agora, parte essencial de nossas vidas, e como quase todas as pessoas têm um, naturalmente há uma ampla variedade de acessórios, funcionais e decorativos. Os designs japoneses desses itens são especialmente criativos. Por exemplo, há estojos de smartphone com espelhos para retocar a maquiagem ou outros que parecem bichinhos de pelúcia. A característica principal é a fofura, e o grande sucesso no momento são os protetores de pontas dos cabos de carregamento de bateria com forma de adoráveis animaizinhos que parecem estar mordendo o telefone.

Em um antigo santuário em Kazuno, província de Akita, a cerimônia Dainichido Bugaku é realizada ininterruptamente por 1.300 anos. O ritual consiste de sete danças antigas, mantidas vivas através dos séculos pelas famílias locais. Como se trata de uma cerimônia xintoísta sagrada, os dançarinos se purificam antecipadamente observando certos rituais que incluem a abstenção de carne. Essa tradição ensinada diretamente pelos pais aos filhos ao longo dos tempos não somente une as famílias, como também dá à cidade um grande espírito comunitário.

Um gerador de energia hídrica utiliza água para acionar as turbinas e é um meio importante para produzir eletricidade, essencial para a vida moderna. Os equipamentos estão se tornando cada vez menores, com capacidade de usar diversas fontes de energia hídrica. Vamos ver um supermini gerador desenvolvido em Gifu, altamente portátil, que funciona até mesmo em correntezas de águas rasas e lentas. Já foi testado em iluminação de ruas e promete permitir que pessoas que vivem em regiões remotas no mundo gerem sua própria eletricidade.

Shodoshima, na província de Kagawa, é uma pequena ilha no Mar Interior de Seto com uma população de cerca de 30.000 habitantes. Um clima ameno e belas paisagens fazem dela um destino turístico popular. Mais de 100.000 estrangeiros visitam Shodoshima por ano, mas o acesso conveniente faz com que a maioria dos visitantes venha e vá embora no mesmo dia. Para incentivar as pessoas a pernoitarem, um grupo de estudantes da Universidade de Kagawa propôs a criação de hospedarias em casarões não utilizados na parte antiga da cidade, que é um labirinto fascinante de ruelas. O projeto dos jovens está, agora, recebendo apoio entusiasta dos moradores locais.

Nos arredores de Nagoya, cidade importante na região central do Japão, localiza-se Arimatsu, onde se pratica um famoso artesanato com uma história de mais de 400 anos. Arimatsu Shibori é um método de tingimento em que se amarran, dobram ou embrulham partes do tecido para criar estampas lindas e originais. A tradição de Arimatsu Shibori se distingue pelo grande número de técnicas que usa - mais de cem. O artesanato tem sido praticado principalmente pelas mulheres da cidade e hoje elas estão se empenhando para formar jovens tingidores que estão trazendo novos ares ao Arimatsu Shibori.

O Japão é famoso pela beleza das folhas das árvores coloridas no outono. O país conta com mais espécies de árvores, cujas folhas mudam de cor, do que em qualquer outro lugar do mundo e, ao longo dos séculos, os japoneses desenvolveram uma cultura dedicada a apreciar paisagens outonais. Neste vídeo, vemos métodos que vão desde pisos polidos de templos que refletem jardins externos a técnicas de jardinagem que combinam as árvores com a paisagem ao longe. Manter viva esta cultura depende dos esforços daqueles que, hoje, dedicam suas vidas para preservar e administrar as florestas do Japão.

Em karuta, um jogador lê as palavras escritas em um cartão e os outros tentam ser o primeiro a identificar o cartão com a imagem correspondente. Normalmente, é jogado entre familiares e amigos, mas, agora, ganhou uma nova cara com os torneios de karuta. São usadas cartas com cem poemas famosos de uma antiga coletânea chamada Hyakunin Isshu. É uma competição de velocidade e memória. A campeã nacional consegue pegar uma carta em apenas 0,2 segundo. Os poemas também apresentam a cultura japonesa. Cada vez mais jogadores estão participando dessas competições no mundo todo. Vamos conhecer o atrativo do jogo japonês “karuta”

A seda japonesa é reconhecida por sua alta qualidade. A cidade de Seiyo, em Ehime, produz, há cerca de 150 anos, uma seda macia e luxuosa usando técnicas esmeradas. Apesar de terem sofrido infortúnios, como as grandes enchentes em 2018, os produtores de bichos-da-seda se esforçam para continuar fabricando seda de alta qualidade. Na província de Gunma, maior produtora de seda do Japão, está sendo utilizada uma tecnologia de ponta que ganhou o Prêmio Nobel. Os produtores criaram tecidos de seda que brilham com sua própria luz fluorescente, colocando a seda japonesa novamente no cenário mundial.

Katsuobushi, um ingrediente tradicional do washoku, ou culinária japonesa, é um filé de katsuo (peixe bonito), defumado e seco através de um processo especial. Suas raspas são usadas para fazer caldo “dashi” para sopas e comidas. Também são apreciadas simplesmente como cobertura. O katsuobushi desempenha um papel essencial na elaboração de sabores sutis da culinária japonesa que foi listada pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial em 2013, atraindo a atenção mundial. Chefes de cozinha de muitos países estão também usando o katsuobushi em receitas locais. Visitamos a cidade de Yaizu, em Shizuoka, onde o katsuobushi é fabricado de forma tradicional há mais de 300 anos.

Bens culturais, mesmo preservados com cuidado, podem sofrer danos e deteriorações com o passar do tempo. Muitas vezes, conservados longe da vista das pessoas, eles não contam com registros de análises científicas ou dados básicos. Para garantir futuras restaurações, é necessário registrar suas condições atuais. Assim, o professor emérito Ari Ide, da Universidade de Kyoto, desenvolveu um escaneador de ultra-alta resolução, 900 vezes maior que a das mais modernas câmeras digitais, que registra imagens extremamente precisas. Em comparação com os antigos escaneadores, que pesam 500 kg, o novo equipamento, de 100 kg, pode ser desmontado para facilitar o transporte. Novas aplicações também têm sido encontradas. Por exemplo, planejadores de prevenção de desastres usam-no para escanear dados de mapas antigos para mitigar danos futuros. Primeiro escaneador do mundo com ultra-alta resolução é apresentado neste vídeo.

Avanços no campo da tecnologia japonesa têm desenvolvido novos tecidos com funções especiais. Alguns são altamente ventilados, permitindo a fuga da transpiração, e outros possuem propriedades avançadas para reter o calor. Um tecido está atraindo as atenções. Ele ajuda ativamente a recuperação dos músculos cansados. Descobriu-se que a platina emite um campo eletromagnético fraco que ajuda a relaxar a tensão muscular. Incorporar a platina nas fibras foi bastante difícil, e seu desenvolvimento levou muitos anos para ser bem sucedido. Porém, hoje, atletas do mundo todo estão usando roupas esportivas feitas com esse material e o conceito de “roupa que combate a fadiga” está se espalhando na vida cotidiana das pessoas em geral.

A fita adesiva foi originalmente desenvolvida para uso industrial. Mas, agora, a fita adesiva japonesa feita com o tradicional papel “washi” tornou-se um sucesso, especialmente entre os jovens. Isso se deve à sua textura única e aos milhares de designs pop. As pessoas têm usado tais fitas para dar um toque decorativo original a itens de papelaria e de uso cotidiano e, recentemente, até para a confecção de obras de arte. Nasa Funahara é uma artista que aproveita suas características especiais para criar obras de arte originais. Agora, mais do que um simples item de utilidade, a fita adesiva de “washi” está trazendo cores e diversão para as vidas das pessoas ao redor do mundo.

Yanai é uma antiga cidade portuária comercial localizada na província de Yamaguchi, na região oeste do Japão. É famosa pelas típicas lanternas em forma de peixinho dourado. Elas foram usadas para iluminar a cidade cerca de 150 anos atrás, até a vinda da energia elétrica. Mas, difíceis de confeccionar, as lanternas desapareceram, até que Nobuo Kawamura, já falecido, dedicou-se arduamente para ressuscitá-las. Ele criou um novo design, simples, de modo que quaisquer pessoas, desde crianças a idosos, possam facilmente confeccioná-las. As lanternas com forma de peixinho dourado são, agora, tão populares que se tornaram o símbolo da cidade, garantindo um futuro seguro para essa tradição de Yanai que recebeu nova vida.

Começando por Hatsune Miku, muitos personagens virtuais estão atuando no Japão. Criados inicialmente para simples visualização, os personagens virtuais mais recentes estão se tornando profundamente integrados na nossa vida cotidiana. Você pode conversar com Azuma Hikari, que mora dentro de um tubo de vidro de 50 cm de altura e atua como ajudante doméstica. Saya, criada por computador, é facilmente confundida com uma menina real graças à sua produção incrivelmente detalhada, como por exemplo, uma cabeça com 100.000 fios de cabelos desenhados a mão. Inteligência artificial com funções de reconhecimento facial, possibilita que Saya desempenhe papéis em vários campos, desde centros de informações turísticas a lares para idosos.

As molas estão em todas as partes à nossa volta, desde pregadores de roupas a componentes automotivos. As molas japonesas são famosas mundialmente por sua alta qualidade. Neste vídeo, vamos ver algumas das menores molas existentes, como uma, de apenas alguns micrômetros de diâmetro, que controla o fluxo de tinta na ponta de uma caneta esferográfica, e outra, fina como um fio de cabelo humano, usada em cirurgia para manter aberto o vaso sanguíneo no cérebro. Também veremos algumas molas gigantes que servem de amortecedores sísmicos. Elas têm 1,2 m de comprimento e estão instaladas no topo da Tokyo Sky Tree, a torre de comunicações independente mais alta do mundo, de 634 m de altura. Essas inovadoras molas são possíveis graças à tecnologia de produção de ultraprecisão do Japão.

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, fala-se muito em paraesportes. O tênis em cadeira de rodas é um dos mais populares. A cidade de Iizuka, em Fukuoka, realiza, há muito tempo, um campeonato anual internacional de tênis em cadeira de rodas, e foi escolhida como cidade-sede dos Jogos Paralímpicos. O campeonato de Iizuka, que conta com mais de 2.000 voluntários e atrai os melhores jogadores do mundo, originou-se no Centro de Lesões na Medula Espinhal de Iizuka, quando o esporte, ainda relativamente desconhecido, foi usado para a reabilitação. Mas, mesmo após receberem alta, os pacientes queriam continuar jogando, e os eventos locais se transformaram em um concurso internacional. Assim, Iizuka se tornou o foco do esporte. Vamos seguir um dos ex-pacientes do centro que luta até as finais do campeonato.

Akita Inu é um cão de raça nativa do Japão que tem um rosto redondo, orelhas triangulares e uma cauda enrolada. Os cães Akita são grandes e fortes, mas têm uma natureza gentil e afetuosa e são conhecidos por sua lealdade devotada. Amados no passado como cães de caça, sua popularidade caiu nestes últimos anos. Então, o local de origem do Akita Inu, a cidade de Odate, na província de Akita, iniciou um programa para a sua procriação e promoção, conduzindo uma série de atividades que incluem um espaço no escritório de turismo, onde os visitantes podem interagir com os cães. Recentemente, graças à publicidade de proprietários famosos, como, por exemplo, a campeã de patinação artística no gelo, Alina Zagitova, a popularidade do Akita Inu tem aumentado também no exterior.

Companhias ferroviárias japonesas usam um sistema de segurança que consiste em "apontar e confirmar em voz alta". Esse método de apontar com o dedo um item a ser verificado enquanto vocaliza seu nome foi inventado no Japão cerca de 100 anos atrás. A combinação de olhar, agir, falar e ouvir reduz os erros em até 85%. Recentemente, a eficácia dessa técnica foi comprovada cientificamente, e seu uso se espalhou para outros campos além das ferrovias. É usada para elevar a segurança em diversos campos, tais como em hospitais e locais de construção. E agora, após sua adoção bem sucedida pela rede de metrô de Nova York, este original método de segurança japonês está começando a se difundir pelo mundo.

Pessoas correndo de manhã cedo são uma visão comum nos grandes centros urbanos, mas não é fácil ou seguro correr à noite nas ruas desertas dos subúrbios. Porém, isso está mudando, graças a um grupo de voluntários que decidiu combinar seu hobby - que é correr - com patrulha, para manter a segurança nas ruas locais. Essa foi uma ideia de um jovem, cuja amiga foi atacada enquanto caminhava de volta para casa à noite. O grupo percorre sua comunidade à noite, checando especialmente áreas onde não há pessoas por perto. Os moradores locais estão entusiasmados e os cumprimentam quando passam. Eles agem em coordenação com a polícia e autoridades locais e têm inspirado a formação de numerosos grupos de corrida similares em todo o Japão.

Ao longo da história do Japão, Kamaishi tem sido conhecida como a cidade de fabricação de ferro e aço. Devastada pelo Grande Terremoto do Leste do Japão em 2011, a reconstrução de Kamaishi está sendo ajudada por uma liga de metal revolucionária, desenvolvida pela Universidade de Tohoku e uma empresa local. O cobarion é dez vezes mais duro que a prata e praticamente não causa reações alérgicas nas pessoas. O mundo da medicina acolheu rapidamente essa solução para um problema antigo em que pessoas que sofrem de alergia a metais não podem usar com segurança articulações artificiais e próteses dentárias. E como a nova liga é tão atraente quanto a platina, ela se tornou popular também na confecção de acessórios e joias não-alergênicos. O cobarion está revitalizando uma velha cidade siderúrgica atingida por um desastre e transformando a qualidade de vida de muitas pessoas no mundo todo.

Criadora de um aplicativo para smartphone com mais de 80 anos, Masako Wakamiya falou nas Nações Unidas sobre como os idosos usam a tecnologia digital. Visitamos a cidade de Kamikatsu, onde mais da metade dos moradores tem mais de 65 anos. O local é famoso por tsumamono - flores e folhas para decorar a tradicional culinária japonesa - que são cultivadas e colhidas por velhinhas de Kamikatsu, agora com amplo uso da tecnologia digital. Sachiyo Nishikage, de 81 anos de idade, utilizou computador pela primeira vez há 10 anos. Hoje, recebe encomendas pela Internet todas as manhãs e faz amizades com pessoas ao redor do mundo através de redes sociais. Como Nishikage, que pretende trabalhar até os 100 anos, os idosos do Japão estão adotando entusiasticamente a tecnologia digital.

Doces japoneses tradicionais são chamados wagashi. Eles são feitos principalmente de arroz ou feijão, adoçados com ingredientes naturais. Existem muitas variedades, mas o wagashi chamado nerikiri é especialmente lindo e confeccionado com motivos sazonais. Jun-ichi Mitsubori é um artesão de wagashi que faz de nerikiri uma arte e, em vez de trabalhar nos bastidores, cria, com desempenho original, doces magnificamente belos na frente das pessoas. Tudo em sua performance, desde roupas a iluminação e coreografia, é projetado para atrair o público ao mundo de wagashi de Mitsubori e transmitir o espírito da hospitalidade japonesa.

As famílias de agricultores de Chiba, uma das importantes províncias produtoras de arroz no Japão, continuam até hoje com a tradição datada de 200 anos de fazer sushis enrolados especiais para eventos cerimoniais. Cortando esses rolos transversalmente, podemos ver letras com sentido comemorativo ou imagens, tais como de flores e animais. Nestes últimos anos, pessoas de fora de Chiba começaram a vir à região para participar de aulas e aprender essas técnicas caseiras. Neste vídeo, acompanhamos a esposa de um agricultor enquanto ela reúne ingredientes dos campos de cultivos da família e faz, com amor, coloridos sushis enrolados para o festejo da maioridade de sua neta.

Famosos em todo o mundo atualmente, os ninjas tiveram seu auge no período dos estados em guerra no Japão, no século XVI, quando desempenhavam papel de espiões, e não como guerreiros. Junichi Kawakami, conhecido como "o último ninja", é herdeiro desta arte e técnicas originais. Ele dá palestras sobre o assunto em todo o mundo, além de realizar pesquisas científicas sobre a eficiência desses antigos métodos. Grupos de empresas e pessoas de todos os setores aprendem com Kawakami como os segredos mantidos pelos ninjas podem nos ajudar no trabalho e na vida cotidiana, usando técnicas para controlar e aprimorar as habilidades físicas e mentais.

Niseko, em Hokkaido, é um dos locais onde caem as maiores nevascas no Japão. Sua neve em pó atrai mais de 1,7 milhão de visitantes por ano. Niseko protege seu meio ambiente através de iniciativas para gerar energia limpa. Por exemplo, uso da neve para refrigeração, fontes termais para aquecimento e sistemas que aproveitam o calor subterrâneo. Embora, no local, a temperatura caia para -10°C no inverno, as profundezas subterrâneas permanecem em 15°C durante todo o ano. Os sistemas de aquecimento baseados nesse princípio reduziram consideravelmente as emissões de CO2 da cidade. Em uma outra tentativa, estudantes colegiais locais experimentam o uso do calor subterrâneo para cultivar vegetais no inverno.

Após um devastador terremoto em 2016, a vida na província de Kumamoto está voltando ao normal. As lonas de plástico azul que cobriam as casas destruídas em todos os lugares, agora já não são mais necessárias, acarretando o problema de descarte devido à sua enorme quantidade. Um designer local lançou um projeto que visa reciclar as lonas com as marcas da missão de proteger as pessoas, e confeccionar bolsas para compras. O objetivo é fazer as pessoas se lembrarem de se manter atentas ao perigo de terremotos. Os lucros ajudam as comunidades atingidas pelo desastre. Acompanhamos uma jovem que perdeu a casa da sua família no terremoto e que reúne voluntários para coletar e limpar lonas para o projeto das bolsas.

No Japão, cada estação do ano é representada por uma flor distinta. No começo de maio, florescem as glicínias. Na época dessas flores, muitas pessoas viajam especialmente para ver grandes pés de glicínias, trepadeiras que se espalham pelos caramanchões criando um espetáculo magnífico de cachos de flores pendentes. Neste vídeo, damos enfoque ao mais famoso pé de glicínia do Japão, uma velha árvore gigante removida há 20 anos do seu lugar original para permitir que ela continue vivendo na sua nova moradia. Considerava-se que ela era muito grande e antiga para ser transplantada até que uma cirurgiã de árvores descobriu como mover com segurança o seu gigantesco tronco. Observando o trabalho da cirurgiã no resgate de árvores, refletimos sobre a tradição japonesa de respeitar o mundo natural.

Os animês e os mangás japoneses são populares no mundo todo. O cosplay, um hobby em que os fãs de animês e mangás vestem trajes e penteados similares aos dos seus personagens favoritos, é apreciado por muitos jovens japoneses, especialmente aqueles na faixa dos 20 anos. Ikebukuro, um dos principais centros urbanos de Tóquio, abriga muitas lojas especializadas em cosplay. Os cosplayers costumavam confeccionar todos os seus trajes e acessórios, mas, agora, os produtos vendidos prontos tornam mais fácil as pessoas se juntarem à diversão. Um grande atrativo do cosplay é que os eventos ajudam até mesmo as pessoas tímidas a fazer amigos, reunindo fãs das mesmas histórias e personagens.

Desde tempos antigos, os japoneses adoram o caqui, uma fruta que começou a ser apreciada em muitos países pelo seu excelente sabor e valor nutricional. No Japão, os caquis são comidos crus e também secos. Por mais de 500 anos, os caquis secos Ichida Kaki, uma especialidade privilegiada do sul da província de Nagano, têm sido valorizados por sua consistência única e, em especial, doçura que até ultrapassa o teor dos caquis crus. Essas qualidades se devem ao clima local e às técnicas tradicionais de cultivo e secagem desenvolvidas e transmitidas através de gerações. Neste vídeo, exploramos os segredos que existem por trás do doce sabor desses renomados frutos secos.

A autenticação biométrica é, agora, amplamente aceita em termos de segurança. O Japão é líder mundial na tecnologia dessa área, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento facial. As pessoas podem ser identificadas a partir da posição e das formas dos olhos, nariz e boca. A tecnologia é tão avançada que as pessoas são reconhecidas mesmo usando óculos ou chapéu, ou até de uma foto tirada muitos anos atrás. Os sistemas de vídeo que utilizam a mais recente tecnologia japonesa de reconhecimento facial podem identificar um criminoso conhecido em meio a uma multidão em movimento com 99,2% de precisão e estão ajudando a tornar a vida mais fácil e mais segura para as pessoas de todo o mundo.

Yuru Sports é uma recente criação japonesa em que jogadores veteranos e iniciantes, ou crianças e adultos, divertem-se competindo em condições de igualdade através de vários tipos de desvantagens. Entre as mais de 50 modalidades criadas no primeiro ano, há o tênis de mesa onde os jogadores recebem raquetes com furos cada vez maiores a cada partida que vencem. Em um outro jogo, os atletas lançam bola com as mãos escorregadias, molhadas com sabão líquido. Muitos jogos se destinam a melhorar a saúde das pessoas deficientes ou daquelas que não querem praticar esportes normais, como, por exemplo, um jogo para idosos em que os participantes usam a força da voz para mover pequenos lutadores em um ringue.

No Japão, os robôs são, agora, vistos comumente na vida cotidiana, e eles estão começando a desempenhar um papel também na área da educação. Visitamos uma escola de ensino fundamental onde crianças de 11 e 12 anos aprendem a programar robôs com rodas e, em seguida, competem em equipes criando comandos necessários para guiar seus robôs através de uma pista de obstáculos. Essas aulas desenvolvem a criatividade infantil, assim como a capacidade de resolver problemas, pois, através de tentativas e erros, os meninos aprendem a fazer os robôs concluírem suas tarefas. Muitas crianças se inspiram nessas aulas para fazer seus próprios robôs e, há, inclusive, uma competição nacional que conta com a participação de jovens e criativos inventores.

Cerca de 300 anos atrás, quando o teatro de Kabuki estava no auge da popularidade em cidades de todo o Japão, moradores das vilas e povoados de todo o país desenvolveram um tipo de teatro amador, baseado no Kabuki. É o Jikabuki, amplamente praticado ainda nos dias de hoje. Neste vídeo, vimos um exemplo bem sucedido em Mino, na província de Gifu. Atores amadores, encenadores e pessoal de montagem, que são moradores locais de várias idades e profissões, incluindo três gerações de uma família, realizaram uma apresentação em uma antiga casa de teatro da comunidade, atingindo uma qualidade teatral de um nível que rivaliza com as produções profissionais de Kabuki.

Para controlar a extensão dos danos causados por incêndios florestais, que são uma ameaça mundial, os bombeiros usam poderosas espumas de combate ao fogo. No entanto, elas contêm agentes químicos que causam efeitos adversos ao meio ambiente. O Corpo de Bombeiros da Cidade de Kitakyushu desenvolveu uma nova espuma a base de sabão para resolver essa questão, trabalhando em colaboração com um fabricante local de sabão. Seus ingredientes totalmente naturais são absorvidos pelo solo e não causam danos ao meio ambiente. A espuma já foi testada com sucesso no Sudeste Asiático, onde incêndios florestais e fogos em turfas são um grande problema. Esta espuma ecológica de combate ao fogo é a primeira do mundo e foi desenvolvida no Japão.

Ao contrário das touradas convencionais, em que o homem luta contra o animal, a versão japonesa se parece mais a uma luta de sumô. Cada parte é constituída de um touro e seu treinador. Entretenimento popular desde o século 12, a cultura do sumô de touros ainda é viva em muitas partes do Japão. O local mais conhecido é a cidade de Uruma, em Okinawa, onde são realizadas cerca de 200 lutas por ano, incluindo um campeonato para decidir os touros mais fortes. O vídeo mostra o quanto são profundos os laços entre os treinadores e seus touros para defender o título de campeão reinante. O confronto desses animais poderosos, cada um pesando quase uma tonelada, é um espetáculo fascinante.

A maioria das casas e empresas japonesas mantém estoques de alimentos de emergência para garantir a sobrevivência em caso de um desastre. Esses alimentos variam desde pães enlatados que conservam o frescor de um produto recém assado a comidas em embalagens retort que podem, inclusive, ser consumidas frias. Os alimentos liofilizados também são populares, pois tudo que você precisa para prepará-los é adicionar água. Hoje, a disponibilidade de deliciosos alimentos de emergência ajuda as pessoas a evitarem desperdícios usando as comidas estocadas nas suas refeições diárias. Essas novas tecnologias garantem que, mesmo em caso de um desastre, as pessoas tenham refeições seguras e saborosas.

As danças de Bon, chamadas de Bon-odori no Japão, são desempenhadas para consolar os espíritos dos falecidos. Os japoneses acreditam que os espíritos dos familiares mortos retornam à terra para visitar suas famílias em meados de agosto, em pleno verão. As danças diferem dependendo da região, e a Ilha de Himeshima, em Oita, conta com cerca de 40 variedades. Na dança das raposas, realizada desde o século 17, meninos menores de 12 anos fantasiam-se de raposas pintando o rosto de branco com bigodes vermelhos. O instrutor, um morador da ilha que também dançou como raposa quando pequeno, ensina os movimentos ao seu filho e outras crianças. Transmitida através das gerações, a tradição viva de Bon-odori conecta os residentes da comunidade.

A moeda corrente do Japão, o iene, que tem quatro cédulas e seis moedas, é feita com uma tecnologia muito sofisticada. As cédulas têm dez ou mais linhas finas inscritas em um espaço de um milímetro, além de palavras escritas que são visíveis somente com uma lupa. As moedas são talhadas com um método exclusivo para criar sulcos inclinados nas bordas. Todas essas tecnologias dificultam a falsificação. Uma moeda que pode ser confiável é a base de uma sociedade estável, e a Japan Mint cunha moedas também para muitos outros países. Mostramos algumas das avançadas tecnologias ocultas na moeda japonesa.

A pequena linha local, a Ferrovia Sanriku, é o principal meio de transporte das comunidades que se alinham na costa recortada de Sanriku, na província de Iwate. Quando o grande terremoto de 2011 devastou a região, os danos sofridos por esta importante e muito amada ferrovia pareciam imensos demais para serem reparados. Contudo, sem esmorecer, os funcionários começaram imediatamente a restaurá-la, e essa atitude heróica inspirou voluntários de todo o país a irem ajudá-los. Em apenas três anos, a ferrovia estava novamente em operação. Neste vídeo, damos enfoque a esta encantadora estrada de ferro rural, vista através dos olhos de uma jovem que se tornou condutora de trem após o desastre.

No Japão, há, tradicionalmente, artesãos altamente qualificados em trabalhos manuais que envolvem desenhos em miniatura, assim, é natural que manicures japoneses tenham desenvolvido o que se chama agora de arte em unhas. Os salões de unhas existem em todos os lugares do país, e a moda de decorar unhas tornou-se parte da vida cotidiana das mulheres de todas as idades. Sua fama internacional foi impulsionada por Lady Gaga que viu os arrojados designs da artista japonesa em unhas, Aya Fukuda, e os adotou como parte regular dos seus trajes. Com uma interminável inovação de desenhos, atualmente, a arte japonesa em unhas encanta as mulheres ao redor do mundo.

Um voo de 40 minutos a partir de Tóquio nos leva para um outro mundo – a natureza da Ilha de Niijima. Na ilha há uma pedra chamada Koga, que é matéria prima do vidro de Niijima. Essa pedra é originária de uma rara rocha vulcânica que, no mundo, existe somente na Ilha de Niijima e na ilha italiana Lipari. Seu lindo tom verde é resultado de uma reação química quando o ferro da pedra derrete. O vidro de Niijima foi criado por Osamu Noda, um artista de vidro internacionalmente conhecido, nascido na ilha. Por 30 anos, ele tem produzido objetos de arte de vidro tendo como tema a natureza da ilha. Graças aos seus esforços, esta pequena ilha atrai, atualmente, artistas do mundo todo.

Okigusuri é um antigo sistema japonês de venda de medicamentos baseado na ideia de "use primeiro e pague mais tarde". Os vendedores ambulantes deixam nas casas dos clientes uma série de remédios que são reabastecidos a cada visita, cobrando apenas os itens utilizados. Esses medicamentos, que não necessitam de receita médica, cobrem desde dor de estômago a resfriados, essenciais em áreas sem médico ou farmácia nas proximidades. O sistema teve início há mais de 300 anos e ainda é altamente útil na sociedade envelhecida do Japão de hoje, pois os vendedores aproveitam suas visitas regulares para manter um controle constante da saúde dos clientes. O método okigusuri, que funciona com base na confiança, está se espalhando do Japão para os países do Sudeste Asiático, onde o acesso a medicamentos é restrito.

Em Tóquio, onde as luzes da cidade não permitem que as estrelas sejam vistas no céu noturno, os planetários que nos mostram um céu totalmente estrelado são extremamente populares. Pela primeira vez no mundo, avançados projetores reproduziram 140 milhões de estrelas na cúpula de um planetário, criando cenas celestiais que as pessoas podem apreciar sentadas em confortáveis sofás ou deitadas em gramados artificiais. Takayuki Ohira, o criador que está por trás dessa nova tecnologia de planetário, continua a desenvolver outros projetores estelares. Para trazer as estrelas mais próximas até nós, ele inventou dispositivos omnidirecionais que dão a sensação de estarmos andando dentro das estrelas, bem como o primeiro planetário compacto do mundo para uso doméstico.

Um novo método de cultivar produtos agrícolas sem utilizar terra, e sim, um filme de polímero transparente especial para prender raízes... Desenvolvido originalmente como uma membrana permeável para rins artificiais, este filme permite que os vegetais cresçam em desertos ou em quaisquer outros lugares sem solo adequado. E, como é muito simples controlar o fornecimento de nutrientes e água, agora, qualquer pessoa pode começar a cultivar sem necessidade de treinamento especial. A tecnologia do filme de polímero também está sendo usada para a fabricação de recipientes de comidas e bebidas, aumentando notavelmente a vida de armazenamento dos seus conteúdos. Inventado no Japão, esse inovador filme poderá mudar a forma como as pessoas do mundo todo desenvolverão produtos agrícolas e armazenarão alimentos.

Yabusame é uma tradicional arte marcial japonesa em que arqueiros atiram flechas a alvos montados em cavalos que correm velozmente. A prática têm sido realizada desde antigamente em santuários e era considerada um ritual sagrado reservado para homens. Contudo, nestes últimos anos, as mulheres também começaram a participar desses eventos. Esse fato é resultado da evolução do ritual yabusame para um esporte, que abriu as portas para mulheres entusiastas. A cidade de Towada, na província de Aomori, realiza, agora, uma competição anual de yabusame dedicada às mulheres que atrai uma grande multidão que aprecia a emoção, assim como a habilidade e os coloridos trajes tradicionais das atletas. Neste vídeo, damos enfoque a uma menina de 15 anos de idade que compete o primeiro lugar com sua instrutora veterana.

O “tejime”, ou bater palmas, está enraizado na vida do povo japonês. Este tradicional costume serve para comemorar o encerramento bem-sucedido de eventos e, ao mesmo tempo, o início de novos desafios. Ele é realizado não somente nos negócios que acabam de ser fechados, mas também nas artes tradicionais japonesas e nos esportes. Vamos conhecer a história e a cultura do “tejime”.

As “figuras de plástico” são miniaturas montadas através da junção de diversas peças. No Japão, são comercializados modelos de veículos, tais como navios e aviões. Além disso, há outros que têm como tema a cultura japonesa, como, por exemplo, castelos e armaduras tradicionais. O plastimodelismo é um passatempo apreciado por uma ampla gama de pessoas, de jovens a adultos. Dentre as figuras de plástico, destaca-se o robô “Gundam”, personagem de um desenho animado da TV. Produzido de maneira intrincada, com as juntas dos dedos que se movem, ele tem um design que permite uma fácil montagem. Esses modelos em constante evolução têm se mantido populares há mais de 30 anos. Vamos conhecer o pequeno mundo de inspiração e diversão trazido à vida pelas figuras de plástico do Japão e as sofisticadas tecnologias de fabricação por trás delas.

Algumas regiões no nordeste do Japão, onde o inverno é bem rigoroso, possuem a chamada “Cultura do Shimi”, que tem sido transmitida há gerações e através da qual produtos agrícolas são congelados para a preparação de alimentos em conserva. “Shimi” significa, literalmente, “congelado”. Depois do Grande Terremoto do Leste do Japão, em 2011, a produção de “shimi daikon” (“rabanete congelado”) estava prestes a desaparecer. Foi quando um grupo de estudantes colegiais entrou em cena. Vamos conhecer como os jovens estão ajudando a transmitir esse alimento japonês tradicional para o futuro.

Os táxis japoneses são altamente elogiados pela sua segurança, tecnologia confiável e serviço cortês. Nos últimos anos, eles têm evoluído para melhor atender às necessidades dos usuários, como, por exemplo, orientar turistas estrangeiros em diversas línguas e oferecer maneiras para que portadores de deficiência física possam viajar confortavelmente. Através da experiência de uma nova motorista que ingressou em um setor predominantemente masculino, vamos mostrar o caminho percorrido pelos táxis do Japão visando proporcionar o melhor serviço do mundo com seu espírito de hospitalidade.

Arita é um tipo de porcelana japonesa com um histórico de 400 anos. Os padrões coloridos e delicados são uma de suas principais características e, durante certo tempo, ela foi amplamente reconhecida em todo o mundo. Desde então, porém, o volume de produção caiu drasticamente e a sobrevivência das fornalhas se tornou um sério problema. Para subverter essa situação, jovens artesãos estão se unindo a designers do exterior para criar novos produtos, ao mesmo tempo que preservam as técnicas tradicionais. Vamos conhecer os desafios enfrentados por eles para lançar um projeto visando estabelecer uma nova marca de porcelana Arita e promovê-la internacionalmente.

RV significa realidade virtual. Ao trajar equipamentos especiais, os usuários podem vivenciar mundos diferentes como se fossem praticamente verdadeiros. A tecnologia de RV é tida como tendo potencial de aplicação em diversos campos, não se limitando apenas a jogos eletrônicos ou equipamentos de entretenimento. Uma tecnologia desenvolvida por uma empresa japonesa de capital de risco possibilita que pessoas com dificuldades físicas experimentem a sensação de estar em um outro local. Vamos apresentar as tecnologias de RV do Japão que estão gerando novas alegrias e inspirações.

Os “Chindonya” são pessoas que vestem trajes japoneses tradicionais e tocam músicas alegres enquanto caminham pelas ruas. Eles são uma forma original de propaganda no Japão e fazem com que os anunciantes divulguem diretamente para os clientes. No auge, mais de duas mil pessoas em todo o país exerciam essa profissão. Mas, com o passar do tempo, a presença deles se tornou menos frequente. Mesmo assim, apesar do crescimento da mídia digital, como a internet, nos últimos anos, o efeito da comunicação interpessoal proporcionado pelos Chindonya tem despertado novas atenções. Através das atividades de um casal de Chindonya e seus aprendizes, vamos conhecer os atrativos desses “divulgadores peculiares”, que colocam um sorriso na boca de quem se encontra com eles.

Em todo o Japão, as iluminações que cobrem a noite com cores brilhantes atraem multidões de pessoas. E, nos últimos anos, manifestações artísticas multicoloridas têm se tornado possíveis graças ao LED azul desenvolvido por um japonês. Há fantásticas iluminações urbanas em azul e outras de classe internacional em forma de flores reproduzindo magníficas quedas d’água e rios com as cores do arco-íris. Iluminações feitas a mão também foram instaladas em um jardim botânico para o prazer dos visitantes durante o inverno, quando as flores típicas não desabrocham. Vamos conhecer as numerosas joias que iluminam a noite.

As “máquinas de venda automática” são encontradas em todo as cidades e localidades do Japão. Elas oferecem uma ampla seleção de produtos, desde sanduíches até bebidas, frutas e lanches. Dinheiro eletrônico e smartphones podem ser usados para o pagamento de compras, e algumas máquinas automáticas também são capazes de disponibilizar produtos gratuitamente em caso de algum desastre natural. Novas funções seguem sendo acrescentadas; e, agora, a “máquina automática de próxima geração” que se comunica com as pessoas tem despertado atenções. Ela pode determinar a faixa etária e o sexo do usuário, e recomenda produtos, informa a previsão do tempo e indica pontos turísticos. Vamos conhecer as últimas tendências das surpreendentes máquinas de venda automática do Japão.

A região de Aso, na província de Kumamoto, é onde se encontra a área com a maior extensão de pradaria no Japão. Fazendo com que o gado paste livremente e através da queima de relva antiga, as pessoas da regiâo têm preservado a pradaria por 1.000 anos. No entanto, devido a fatores como o declínio do número de agricultores, o tamanho da pradaria encolheu pela metade. Por meio das atividades do chef de cozinha de um restaurante local, que tem agido para proteger a agricultura de Aso, constatamos o entusiasmo das pessoas que continuam preservando os métodos agrícolas tradicionais, a cultura alimentar e a pradaria de Aso.

Já se passaram mais de 30 anos desde a abertura do primeiro hotel-cápsula no Japão. No passado, os homens perfaziam a maioria dos clientes. Nos últimos anos, porém, têm surgido estabelecimentos que também atendem ao público feminino, como locais seguros, confortáveis e convenientes para se hospedar. Há diversas caracterícticas, tais como uma ampla gama de amenidades, enormes banheiras compartilhadas e bares/restaurantes similares aos encontrados em hotéis convencionais. Hotéis-cápsula que entretêm, nos quais os hóspedes podem se divertir e que têm como temas ninjas e o animê, por exemplo, são populares entre os turistas estrangeiros. Vamos conhecer os hotéis-cápsula japoneses que continuam se desenvolvendo para proporcionar mais conveniência, conforto e entretenimento.

Lojas que proporcionam conveniência para as ocupadas mulheres que trabalham fora foram inauguradas na estação de Tóquio, a maior do Japão. Elas se localizam além das catracas, no interior da estação, com as prateleiras cheias de produtos de várias marcas de cosméticos japonesas. Há produtos para a pele folheados a ouro fabricados com indredientes tradicionais do país, e também outros contendo ingredientes naturais usados desde antigamente, tais como borras de saquê e algas japonesas. Além disso, um serviço no qual uma concierge ajuda a selecionar os produtos mais adequados para as clientes também é popular. Já que é possível passar por elas casualmente a caminho do trabalho ou de casa, as lojas no interior da estação têm se tornado indispensáveis para as mulheres que querem se manter belas em meio à correria do dia a dia. Vamos conhecer alguns estabelecimentos que embelezam o Japão de dentro da estação.

Os “noren” são peças de tecido colocadas na parte superior da entrada de estabelecimentos comerciais. Trata-se de um costume único no Japão. No século 18, vários tipos de noren podiam ser vistos pelas ruas de Edo, colorindo a cidade. Nos últimos anos, o noren tem sido usado de novas maneiras através da combinação das técnicas de artesãos com designs modernos, refinados e aclamados mundialmente. Vamos apresentar a cultura do noren japonês por meio da obra de um jovem produtor que quer transmitir esta tradição para as gerações futuras e promovê-la em todo o mundo.

A Trienal de Setouchi é realizada nas ilhas que se situam no Mar de Setonaikai. As numerosas obras de arte dispostas em meio à natureza se fundem com a paisagem das ilhas e atraem turistas e apreciadores de arte tanto de dentro como de fora do Japão. O evento se originou como um meio de revitalizar as comunidades das ilhas por meio da arte contemporânea, e se transformou no raio de esperança para os moradores locais, cuja quantidade diminui gradualmente. Vamos conhecer os intercâmbios entre artistas, que redescobriram os atrativos das ilhas através do poder da arte, moradores locais, e uma família apaixonada pela ideia de rejuvenescer as comunidades locais.

Os “tachigui”, ou restaurantes onde se come em pé, têm se tornado cada vez mais populares no Japão. Mas, na verdade, a cultura do tachigui já existe há muito tempo. No século 18, tendas de tachigui se espalhavam pela cidade de Edo*. Durante o período de rápido crescimento econômico após a Segunda Guerra Mundial, tendas de tachigui que serviam macarrão também eram populares entre as pessoas. Hoje em dia, tem surgido um número cada vez maior de restaurantes de tachigui que servem pratos comparáveis aos servidos em estabelecimentos de luxo, mas com preços em conta. Além disso, eles atraem não somente o público masculino, mas também o feminino. Vamos conhecer a cultura gastronômica do “tachigui”, que não para de evoluir.
*Como Tóquio era conhecida entre os séculos 17 e 19.

Lavar as mãos é uma prática efetuada desde a infância no Japão. Uma das razões disso é que lavar as mãos é considerada uma medida eficaz para prevenir doenças transmissíveis. Atualmente, pessoas de diferentes áreas trabalham para tornar o ato de lavar as mãos mais difundido em países que enfrentam doenças infecciosas, por meio de diversas ideias e métodos, tais como canções e dança. Através da prática japonesa de lavar as mãos, ideias a respeito da higiene estão gradualmente mudando em todo o mundo.

A agricultura é essencial para as nossas vidas. No Japão, um número cada vez maior de pessoas está deixando os locais de plantio, devido, em parte, ao encolhimento e envelhecimento populacional. Uma possível solução é a tecnologia em robótica de última geração, que está sendo atualmente adotada em diversas iniciativas. Há tratores autodirigíveis com alto grau de precisão auxiliados por satélites, e robôs colhedores de morangos totalmente automatizados. Muitas pessoas que trabalham no setor agrícola no exterior também têm vindo ao Japão para aprender sobre essas tecnologias. Vamos apresentar as várias inovações que estão apoiando a agricultura japonesa.

Os “obakeyashiki” são um tipo de equipamento de entretenimento conhecido pela maioria dos japoneses. Por volta do século 19, histórias de fantasmas se tornaram populares em atrações apreciadas pelas pessoas comuns; e, desde então, elas se desenvolveram como uma tradição do verão em várias regiões. Caminhando no escuro, diversas armadilhas preparadas para provocar gritos estão à espreita. Mas, por que as pessoas querem experimentar o “medo”? Vamos saber os segredos por trás da diversão japonesa representada pelos obakeyashiki.

O rio Nagara é reconhecido no Japão por suas águas excepcionalmente limpas. Uma atividade conduzida no local é o chamado “Ukai do rio Nagara”, ou pesca com corvos-marinhos. Trata-se de um método tradicional de pesca que data de mais de um milênio atrás. Pescadores e aves convivem juntos, construindo uma relação de confiança. Por meio dessa tradição, vamos descobrir como as pessoas têm continuado a viver com as bençãos da natureza através da passagem do tempo.

Em 2016, o Museu Nacional de Arte Ocidental foi listado como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco, tornando-se o primeiro sítio de Tóquio a conquistar essa honra. A estrutura foi projetada por Le Corbusier, um renomado arquiteto do século 20. Tendo o “Museu do Crescimento Ilimitado” como seu conceito fundamental, ela foi concluída através do trabalho de três arquitetos japoneses. O museu se tornou a base da arquitetura moderna no Japão e incorporou a esperança do renascimento do país no pós-guerra.

Nos subúrbios de Tóquio, uma imensa instalação se espalha pelo interior do subsolo. Em seu interior, há uma ampla área com silos grandes o suficiente para conter um ônibus espacial e túneis de dez mêtros de diâmetro. Trata-se do Canal Extravasor Subterrâneo de Descarga da Região Metropolitana. Ele foi projetado para proteger a capital japonesa de inundações causadas por fortes chuvas e tufões. As sofisticadas técnicas de perfuração do Japão para construir este complexo também têm sido empregadas no exterior e desempenham um papel para proteger a vida e o sustento das pessoas em países suscetíveis a inundações.

O washoku está registrado na UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial e vem sendo reconhecido cada vez mais pelas pessoas em todo o mundo. Um dos aspectos mais importantes do washoku é o elemento principal do dashi (caldo) – o umami. Ele foi descoberto por um japonês e, desde então, tem sido aceito como um termo universal no mundo da culinária. Diz-se que o umami realça o sabor de qualquer prato. Através de pessoas que trabalham para promover o umami no exterior incorporando-o na culinária ocidental, como no caso da francesa, vamos introduzir as delícias deste que é, agora, um sabor internacional.

Embrulhar é uma expressão de consideração e hospitalidade perante os outros que os japoneses cultivam há muito tempo. Atualmente, as técnicas de embrulho enraizadas nesta cultura de hospitalidade estão evoluindo em diversos campos. Nas lojas, os produtos são embrulhados de maneira rápida e atraente, e entregues efusivamente para os clientes. Também há caixas de papelão ecologicamente responsáveis projetadas especialmente para transportar itens de modo rápido, seguro e que inspira confiaça. Através de tais produtos, vamos explorar as tecnologias e a sensibilidade japonesa por trás desta tradição.

Este ano marca o 300º aniversário de nascimento de Ito Jakuchu, pintor japonês do início da Era Moderna, cuja obra continua a fascinar as pessoas até hoje. Suas expressões coloridas e descrições elaboradas têm sido aclamadas não só no Japão, mas também no exterior, além de exercer uma forte influência na arte digital do Japão atual. Vamos descobrir o mundo fantástico e atemporal de Ito Jakuchu.

A primeira corrida para-ekiden do mundo foi realizada recentemente em Tóquio. Esta é uma nova modalidade de corrida de revezamento em que as equipes são formadas por pessoas com e sem deficiência. As regras são baseadas no ekiden, um tipo de corrida de revezamento de longa distância criada no Japão, bastante popular no país. No lugar do bastão, os corredores de ekiden usam uma faixa de pano chamada tasuki, que é passada entre os membros da equipe. No para-ekiden, todos os competidores, independentemente de terem ou não deficiência, devem completar uma determinada distância e entregar a faixa tasuki para o próximo corredor. O atrativo deste novo esporte é que ele proporciona a todos a mesma oportunidade de competir como parte de uma equipe.

Atualmente, as bolhas estão em alta. Mas, não são bolhas comuns. São nanobolhas, ou seja, bolhas com apenas um nanômetro, ou um bilionésimo de metro, de diâmetro. Quando os peixes recém capturados são colocados por apenas 10 minutos em um tanque com água cheia dessas bolhas, eles se mantêm frescos o suficiente para serem consumidos como sashimi por mais tempo do que o normal. As bolhas contêm nitrogênio que impedem que os microorganismos se multipliquem e retardam a taxa de decomposição. Foi descoberto também que água com nanobolhas de oxigênio estimula o crescimento das plantas e aumenta a sua produção. Além disso, os médicos descobriram que a água com microbolhas de ozono destrói bactérias e vírus. Estas invisíveis nanobolhas estão prestes a mudar nossas vidas.

Nishikigoi é um tipo de carpa ornamental do Japão conhecida pelos motivos coloridos e vívidos em sua pele. Seu nome vem de nishiki, uma palavra que se refere aos luxuosos padrões multicoloridos de brocados de seda. Diz-se que a carpa nishikigoi surgiu a partir de uma variedade colorida que apareceu entre as carpas negras cultivadas para fins comestíveis. Rapidamente os japoneses tornaram-se fãs deste novo e lindo peixe e, ao longo dos anos, seus criadores desenvolveram técnicas para produzir melhores cores e padrões. Seu sucesso levou ao surgimento de variedades de nishikigoi que se tornaram famosas por todo o mundo. Neste vídeo, vamos conhecer um dos produtores que segue a tradição de sua família na criação de peixes que são verdadeiras obras de arte vivas.

A província de Miyagi, na região de Tohoku, foi uma das áreas mais atingidas pelo Grande Terremoto do Leste do Japão e consequentes tsunamis, ocorridos em 2011. Michinoku Sendai Orihime-tai é um popular grupo nascido em Miyagi que têm promovido os esforços de reconstrução da região através da música e da dança. Foi formado por meninas adolescentes imediatamente após o desastre com o desejo de fazer algo para ajudar os sobreviventes. Enquanto se apresentavam para animar as pessoas que vivem em moradias temporárias, elas perceberam a importância de se preparar para desastres futuros. Isto as levou a participar de uma Conferência Mundial da ONU sobre a Redução de Riscos de Desastres e a trabalhar para a conscientização de desastres entre as crianças da região.

A palavra kiri-e descreve um conjunto de técnicas de corte de variadas formas no papel. Profundamente enraizado como artesanato tradicional do Japão, o kiri-e está agora sendo explorado também no mundo da arte moderna. Dentro da história japonesa, o kiri-e teve uma ampla utilização como Ise-katagami, a técnica de fazer estêncil de papel para aplicar cores e padrões em tecidos de quimonos. Este método tradicional ainda é praticado por artesãos e pessoas em geral como uma forma de lazer. Jovens artistas japoneses também estão inovando o uso de técnicas de kiri-e para produzir obras complexas de beleza surpreendente que têm ganhado reconhecimento mundial.

Mamachari é o nome das resistentes bicicletas usadas pelas mães em todos os lugares do Japão. Inicialmente, ela foi projetada para atender às necessidades das mães ocupadas da cidade que levam seus filhos para lá e acolá e fazem grandes carregamentos de compras da família. Estas bicicletas urbanas foram criadas na década de 1950, quando houve uma grande demanda por partes das mulheres japonesas de bicicletas que pudessem ser montadas facilmente com qualquer roupa, e que fossem seguras e estáveis o suficiente para transportar as crianças. Este fato resultou na atual ultra-prática mamachari, que está ganhando adeptos também entre os ciclistas homens no mundo todo.

Brinquedos em cápsula de máquinas de venda automática são muito populares no Japão. Com apenas alguns centímetros de altura, eles são feitos em uma ampla variedade de modelos que vão desde personagens de animês a animais domésticos e selvagens. Seu charme e senso de humor peculiares têm chamado a atenção não somente de crianças, como também de colecionadores adultos. Um dos produtos de grande sucesso, com mais de 10 milhões de unidades vendidas, é a pequena estatueta “Koppu no Fuchiko”. Com imagem de uma jovem séria, vestida com um uniforme de escritório, ela pode ser pendurada nas bordas de copos ou xícaras em uma série de poses. Neste vídeo, vemos como os brinquedos são criados, com os artistas modelando as figuras nos seus mínimos detalhes para expressar esses conceitos em forma de miniatura.

O pantanal de Kushiro, em Hokkaido, é um dos maiores pontos de observação da vida selvagem do mundo, e os grous japoneses de cabeça vermelha são uma de suas atrações mais famosas. Essas raras e belas aves, classificadas como uma espécie em extinção em todo o mundo, vivem durante o ano todo em Kushiro, mas necessitam de assistência humana para sobreviver o rigoroso inverno dessa região. Cerca de 50 anos atrás, graças aos esforços de um residente local, eles foram salvos do risco de extinção. Atualmente, guardas florestais do parque continuam o seu trabalho, cuidando do ambiente frágil para preservar os grous japoneses de cabeça vermelha.

Quase setenta por cento do arquipélago japonês é coberto por florestas. A derrubada excessiva das árvores no período pós-guerra deixou muitas das montanhas do país despojadas de vegetação. Foi, então, implementado um programa de reflorestamento em grande escala e, agora, passados 60 anos, as árvores estão crescidas e prontas para o corte. No entanto, grande parte daqueles que se dedicavam ao trabalho florestal está chegando à idade de aposentadoria. Kochi, uma província com muitas florestas, criou uma escola para treinar uma nova geração de jovens engenheiros florestais e também modernizou com sucesso seu método de reflorestamento com foco na reciclagem e redução de custos.

A galvanização se refere a inúmeros processos de aplicação de revestimento metálico - normalmente de ouro ou níquel - em superfícies de objetos para fins decorativos e proteção contra a oxidação. É muito durável. A estátua do Grande Buda, em Nara, datada do século VIII, agora registrada como Patrimônio Mundial, ainda traz traços do revestimento em ouro de mais de 1.000 anos atrás. O Japão tem sido inovador na tecnologia deste campo. Desenvolveu a primeira maneira prática de banhar superfícies de plástico com metal e, agora, explora novas aplicações na área da nanotecnologia.

Yuzu é uma fruta cítrica com um delicioso aroma e original acidez que tem sido usada durante séculos na culinária japonesa como tempero e realce. Esta fruta reavivou a pequena vila de Umaji, na província de Kochi, cuja população de 1.000 habitantes estava se tornando cada vez menor devido ao envelhecimento da população e declínio da indústria florestal. Umaji explorou sua cultura tradicional para se salvar, criando uma grande variedade de produtos à base de yuzu que, eventualmente, se tornaram um sucesso. Agora, quando alguém diz "yuzu", as pessoas logo pensam em Umaji.

O "índigo do Japão" é um tom especial de azul típico do Japão, produzido de uma variedade local de uma planta chamada tadeai, utilizando vários métodos tradicionais de tingimento natural. Por séculos, esta cor azul tem sido característica da vida cotidiana japonesa, em que a maioria das pessoas vestiam roupas tingidas em uma ampla variedade de tons de índigo. Os tecidos tingidos de índigo são, agora, um item quente no mundo da moda, sendo procurados por fabricantes de roupas do mundo todo graças à sua beleza e aplicações práticas.

Koji, um fermento cultivado em arroz, grãos ou feijões a partir do fungo koji (Aspergillus oryzae), é um ingrediente essencial da culinária japonesa. Utilizado há muito tempo para fazer missô, molho de soja, saquê e outros alimentos fermentados, o koji está agora atraindo as atenções por conta do seu potencial em outras áreas. Um novo produto de sucesso é um cosmético facial para mulheres que utiliza a composição típica do koji - altamente absorvente e cheia de enzimas - que hidrata e protege a pele. Vamos saber como sua inventora teve a idéia de usá-lo e ver as técnicas desenvolvidas por ela.

A arte clássica japonesa Noh conta com uma história de mais de 700 anos. Ao longo dos séculos, o palco do teatro Noh foi sendo aperfeiçoado e desenvolvido para apoiar e melhorar o desempenho dos artistas que retratam temas universais como a vida e a morte dos homens. Por exemplo, a ponte hashigakari que conduz os artistas ao palco principal é desenhada e construída para reforçar a ilusão de que nos conecta ao mundo distante dos mortos. Vamos aos bastidores do teatro Noh e ver as técnicas audiovisuais desconhecidas até pelo público japonês de Noh.

Há um hotel em Sasebo, na província de Nagasaki, onde a maioria dos serviços é feita por robôs. Entrando no Hotel Henna, você é recebido por um robô humanóide incrivelmente real. Robôs carregam suas malas e executam todos os serviços comuns de hotel. Também vamos conhecer um novo tipo de robô, capaz de reconhecer os sentimentos humanos. O popular Pepper, que foi colocado à venda em 2015, dialoga com tanta habilidade que parece que estamos conversando com um amigo. Companheiros humanóides, capazes de responder às nossas emoções - esta é a direção para a qual os robôs japoneses estão evoluindo.

Origami, um velho passatempo japonês, é atualmente conhecido e apreciado em todo o mundo. Essa arte de dobrar papéis tem sido aplicada em diversos campos de alta tecnologia. Usando uma técnica conhecida como namako-ori, tecnólogos da área médica criaram um dispositivo para ajudar na cirurgia de vasos sanguíneos. Por outro lado, o método miura-ori permite dobrar mapas de forma mais conveniente e adiciona resistência em latas de metal. E, agora, o origami está sendo aproveitado também em dispositivos espaciais: essa antiga técnica de dobrar materiais tem inspirado algumas das mais avançadas tecnologias, como, por exemplo, em designs de naves espaciais.

Os japoneses amam o chá verde desde tempos antigos. A importância desta bebida na hospitalidade e na cultura japonesa destaca-se pela cerimônia do chá, ou chanoyu, que utiliza um chá verde em pó especial chamado matcha. Esse chá tornou-se popular no século 16 após os produtores de chá, em Uji, nas proximidades de Kyoto, terem desenvolvido um método de cultivo especial. A habilidade dos combinadores de chá de Uji, conhecidos como chashi, aumentou a reputação do matcha de Uji ao longo dos anos e, hoje, o matcha é também popularmente usado em comidas e doces, bem como em bebidas tomadas em cafeterias.

Em todos os países, as pessoas têm buscado maneiras de ficarem a salvo de picadas de insetos que, muitas vezes, propagam doenças infecciosas mortais. O Japão tem uma longa história de desenvolvimento de métodos naturais para afastar insetos. Ainda hoje, avançadas soluções tecnológicas seguem frequentemente o velho princípio japonês de preferir afastar ao invés de matar os inofensivos insetos. Neste vídeo, vemos exemplos dessa abordagem, tais como roupas impregnadas com um produto químico que somente atordoa ou evita a aproximação dos insetos e uma porta de fábrica que recicla ar para soprar para longe as criaturas invasoras.

Kaizen significa melhorar a maneira de se fazer algo. Ele adquiriu um forte significado durante o período de rápido crescimento econômico do Japão, na década de 1960, quando técnicas foram desenvolvidas e utilizadas nas fábricas para melhorar a produtividade, a qualidade e a segurança no trabalho. Desde então, a ideia do kaizen foi adotada pelas indústrias de todo o mundo. Este vídeo mostra como o kaizen pode produzir importantes resultados através de pequenas alterações, usando dois exemplos. Em uma fábrica de sanduíches, as mulheres colocaram em prática ideias que impulsionaram a produtividade e, em uma outra fábrica, melhorias feitas em prol dos trabalhadores com deficiência física simplificaram o trabalho de todos.

A vila de Harie fica na margem oeste do lago Biwa, o maior lago do Japão. As águas que nascem nas montanhas ao redor correm ao longo da vila proporcionando vida e energia aos seus moradores. Cada casa conta com uma fonte onde é montado um local de trabalho que se chama “kabata”. Através dos séculos os moradores têm usado a água do “kabata”, seja para os afazeres domésticos, seja para beber. No “kabata”, também são criados peixes, tais como carpas, que comem musgos e restos de verduras conservando a água pura. Usando meios naturais e engenhosos, os moradores permitem que a água flua limpa para a jusante.

No Japão, em vez de assinar o nome, carimbar seu timbre pessoal tem sido um método tradicional usado para firmar contratos, dar um visto em entrega de encomendas ou certificar documentos bancários. Contudo, recentemente, está havendo mudanças nesse costume, profundamente arraigado na vida diária dos japoneses. É a competição para coletar carimbos. Trata-se de uma diversão que se tornou popular entre jovens e adultos, que consiste em visitar locais ou monumentos específicos de todo o país para preencher um livro com as marcas dos seus originais e atraentes carimbos de borracha.

O haiku é uma forma de poema japonês escrito em 17 sílabas dispostas em três linhas de 5, 7 e 5 sílabas. Essas minúsculas e sutis preciosidades poéticas proporcionam imagens extremamente condensadas sobre a beleza encontrada na natureza. Ainda hoje, 400 anos após a sua invenção, mais de cinco milhões de entusiastas japoneses escrevem poemas neste formato. Agora, o haiku começou a atrair também as atenções no exterior, conforme mostrado em um recente evento internacional onde poetas de haiku estrangeiros recitaram seus versos em mais de trinta idiomas. Neste vídeo, mostramos o encanto do poema mais curto do mundo.

A Península de Noto é famosa pelas suas tradições agrícolas registradas como Patrimônio Mundial. Outra grande atração da região é o festival de outono em que gigantescas lanternas de papel luxuosamente decoradas, chamadas kiriko, iluminam a cidade. O evento acontece há mais de 300 anos, e cada cidade tem o seu próprio estilo. Sendo uma tradição típica da região, o festival traz de volta muitas pessoas à terra natal para encontrar os familiares e amigos. As enormes lanternas são carregadas em volta de um santuário portátil mikoshi em procissões pela cidade para orar por uma boa colheita e um ano seguro e próspero.

Em março de 2015, uma nova linha de trem-bala Shinkansen foi inaugurada para ligar Tóquio diretamente com a região de Hokuriku, reduzindo, em grande escala, o tempo de viagem a partir da capital. Além da velocidade e do conforto, a linha Hokuriku Shinkansen conta com um design, tanto externa como internamente, que reflete as tradições culturais e artísticas da costa do Mar do Japão. A bordo de um ambiente luxuoso e apreciando o magnífico panorama da região, os passageiros poderão sentir de antemão a graciosa hospitalidade pela qual a região de Hokuriku é conhecida.

Kendama é uma peça que consiste de um suporte em forma de cruz preso por uma corda a uma esfera com um orifício em um lado. Apesar de ser originalmente um brinquedo para crianças, ele se tornou popular entre as pessoas de todas as idades graças às complexas técnicas que ele permite desempenhar. Embora seja possível fazer um número quase ilimitado de jogadas avançadas, o kendama pode ser curtido por qualquer pessoa e conta com um grande número de seguidores em todo o mundo. Este fato levou a cidade de Hatsukaichi, local de origem do kendama, a lançar a primeira Copa Mundial de Kendama.

Os machiya são casarões de madeira de estilo tradicional do Japão. Criados no século 17 para os prósperos comerciantes da época, eles são uma combinação de residência particular com estabelecimento comercial de frente para a rua. Com o envelhecimento da população do Japão e a fuga dos jovens do interior para a cidade, aumentou o número de casarões machiya vagos. Assim, Omihachiman, uma cidade da província de Shiga com muitas dessas históricas construções, está promovendo novos usos para os antigos machiya. Desde cafeterias a espaços para exibições de arte, a antiga filosofia de vida da cidade está inspirando novos estilos e valores.

As normas internacionais mais rigorosas estabelecidas em 2015 no que diz respeito às emissões de CO2 têm gerado um interesse cada vez maior em projetos de navios ecológicos. Como um dos países líderes do mundo no setor de construção naval, o Japão é pioneiro no desenvolvimento de navios ecologicamente corretos com base na economia de combustível, utilizando avançadas tecnologias e conceitos inovadores. Exemplos de projetos ecológicos do Japão lançados pela primeira vez no mundo variam desde a criação de um navio de transporte de carros que gera grande parte da sua própria energia elétrica a partir da base de painéis solares, até o uso de alta tecnologia que permite anular a fricção entre o casco do navio e a água.

A capa da revista Life de 1970 trouxe fama mundial para um grupo de macacos japoneses que passam o inverno imersos em águas quentes. Hoje, mais de 140 mil visitantes por ano, muitos do exterior, vêm para ver esses macacos em sua piscina de águas termais localizada em Jigokudani Yaen-Koen, em uma remota região montanhosa de Nagano. Mas, por que eles começaram a tomar banho? Apresentamos a você este pitoresco recanto e o único lugar no mundo onde os macacos selvagens permitem que os seres humanos cheguem tão perto.

Randoseru é o nome dado às mochilas que as crianças japonesas carregam ao longo dos seus seis anos de escola primária. Elas têm um design original, concebido cerca de 130 anos atrás. Nestes últimos tempos, estas mochilas, familiares a todos os japoneses desde a infância, estão desempenhando novos papéis como itens de moda de adultos e souvenires turísticos do Japão. Neste vídeo, vemos como randoseru está sendo usado hoje e a habilidade dos artesãos que o torna tão distinto e resistente.

As empresas japonesas costumam oferecer convenientes refeitórios que servem pratos de baixo preço para os seus empregados. Mas os refeitórios de hoje apresentam uma gama bem maior de utilizações, e muitos têm se tornado importantes pontos de comunicação interna. Mostramos algumas das mudanças que têm acontecido nos atuais refeitórios das empresas japonesas. Eles contam com desenhos versáteis e podem ser utilizados para vários fins, além de servir pratos saudáveis e deliciosos que os tornam escolhas mais atraentes para o almoço.

O Aeroporto de Aomori serve uma parte de Tohoku, na região norte do Japão, onde chega a cair mais de 10 metros de neve por ano. Estas condições locais deram origem a uma equipe de remoção de neve das pistas de aviões que é reconhecida como a melhor do Japão. A equipe que se chama White Impulse, ou Impulso Branco, limpa uma área de 550.000 m2 em apenas 40 minutos, operando uma frota de veículos especiais e usando técnicas e habilidades únicas. Vemos, aqui, a equipe Impulso Branco em sua luta diária para manter livre o acesso aéreo durante o inverno de Tohoku.

Yurukyara é o nome dado aos graciosos mascotes criados pelos governos regionais para promover suas comunidades, uma ideia que realmente se firmou nesses últimos anos. Atualmente, existem mais de 1.500 deles em todo o Japão. Nós nos encontramos com Hiko-nyan, o yurukyara que deu origem a este movimento, e vimos como esses adoráveis mascotes estão contribuindo para reavivar as comunidades locais. Também verificamos porque eles conseguem tocar tanto os corações dos japoneses.

Kurokawa Onsen, uma pequena estação de águas termais localizada nas montanhas de Kumamoto, tornou-se impopular e corria o risco de fechar as portas. Porém, hoje, é um dos spas mais movimentados do Japão, contando com mais de um milhão de visitantes por ano. Tetsuya Goto, o homem que mudou o destino da cidade, era um não conformista que convenceu os comerciantes da cidade a transformar Kurokawa em um balneário atraente, à moda antiga. Agora, o local é visto como um perfeito modelo de um onsen clássico.

A seda de aranha tem a característica de ser, simultaneamente, muito macia e resistente, qualidades ideais que nós buscamos em uma fibra. Seus fios deverão ser a grande promessa para a indústria têxtil, mas embora os métodos para transformá-los em produtos de uso prático já tenham sido encontrados, sua produção em massa ainda é impossível. Contudo, a solução está próxima. Pesquisadores utilizando tecnologia de ponta na área de genética estão produzindo seda de aranha a partir de bichos da seda para criar o material têxtil dos sonhos.

As pessoas que visitam o Japão se surpreendem com a enorme variedade de deliciosos pães e outros produtos de panificação. As padarias oferecem uma tentadora seleção de pães e doces exclusivos do Japão. Recentemente, novos tipos de pães à base de farinha de arroz estão se tornando populares. O pão de arroz não apenas combina melhor com a comida tradicional japonesa, como também é bem recebido por pessoas com alergia a glúten. Neste vídeo, vemos como continua a evoluir o desenvolvimento de pães no Japão.

Durante sua longa história de terremotos, tufões e tsunamis, o Japão desenvolveu muitas técnicas para sobreviver e se recuperar de desastres naturais. Vemos vários exemplos, como, por exemplo, um arranha-céu que incorpora as tecnologias mais avançadas de resistência a sismos e uma ponte dobradiça que pode ser instalada em apenas 10 minutos restaurando serviços de utilidade pública essenciais. O Japão desempenha um papel ativo nas iniciativas internacionais para minimizar os danos de desastres, contribuindo ao desenvolvimento de uma estrutura internacional para a redução de riscos em desastres, e organizando conferências da ONU sobre esse assunto.

Os japoneses sempre tiveram uma sensibilidade especial aos sons da natureza. O hábito de apreciar os sons vem desde tempos antigos e ainda é comum nos dias de hoje. Sons de insetos cantando e de fenômenos da natureza são usados para evocar sentimentos típicos de cada estação. Muitos jardins japoneses ainda contam com dispositivos tradicionais, como o shishiodoshi e suikinkutsu, que reproduzem sons naturais. Esta sensibilidade pode ter se originado da história e da cultura da cerimônia do chá, que enfatiza a consciência em relação aos sons naturais que fazem parte do caráter dos japoneses.

Nakasendo é uma rota comercial muito antiga que passa pelas montanhas da parte central do Japão. Conectando Kyoto, no oeste, a Tóquio, no leste, a seção que melhor mantém o encanto do passado é aquela chamada Kisoji, um trecho montanhoso com onze antigas paradas. Um destino turístico popular, essas pequenas cidades ainda mantêm o aspecto de sua época áurea, com ruas onde se alinham construções de madeira históricas. Neste vídeo, vemos paisagens originais que foram traiçoeiras aos viajantes e como as paradas prosperaram, abençoadas pelo precioso ambiente das montanhas.

A ambientalista e vencedora do Prêmio Nobel da Paz Wangari Maathai ficou tão impressionada com a filosofia de mottainai que adotou como sua missão popularizar essa palavra ao redor do mundo. Esta é uma expressão japonesa tradicional que indica pesar por desperdiçar ou usar de forma errada qualquer coisa que ainda tem valor e demonstra respeito e gratidão pelas coisas que nos cercam. Neste vídeo, vemos como o espírito de mottainai ainda permanece vivo na sociedade japonesa através dos esforços de reciclagem, seja de tecidos com técnicas populares de tecelagem ou seja de materiais utilizando as mais avançadas tecnologias.

Visitamos dois festivais de arte realizados nas províncias de Yamagata e Akita, na região nordeste, Tohoku, do Japão. O Festival Bienal de Arte de Yamagata contou com trabalhos feitos por artistas ligados à província tendo como tema as montanhas, e o Festival de Artes de Odate-Kitaakita, centrado em uma área comercial da cidade, apresentou uma série de trabalhos de artistas locais versados sobre temas regionais. Esses eventos mostram o poder da arte de unir as pessoas e como a arte está desempenhando um papel importante na construção de um futuro melhor para a região de Tohoku.

O nível de serviço e hospitalidade que os turistas desfrutam nos hotéis japoneses e hospedarias ryokan é extremamente elevado e detalhado, com cuidados e atenções dispensados em itens que, muitas vezes, passam despercebidos pelo usuário. E tudo isso é feito sem expectativas de ter recompensas, uma vez que, no Japão, não existe o sistema de dar gratificações. Acredita-se que essa mentalidade em relação ao serviço, baseada puramente em agradar os hóspedes, se origina na filosofia e nas tradições da cerimônia do chá, e é um legado que permanece profundamente enraizado no caráter do povo japonês.

Os Yokocho são zonas de compras e entretenimentos com ruas estreitas e intrincadas encontradas nas cidades de todo o Japão. Somente em Tóquio, existem centenas deles. Exploramos o Harmonica Yokocho, em Kichijoji na cidade de Tóquio. É um labirinto com cerca de cem pequenas lojas e restaurantes, cada estabelecimento com características próprias. Um deles já conta com quase 70 anos de idade. Alguns oferecem itens especiais que atraem clientes que fazem longas filas todos os dias. Outra atração do Yokocho é o seu espírito comunitário: as famílias do Harmonica Yokocho estão presentes na sua feira matinal e no festival de outono de Kichijoji.

O papel artesanal conhecido como washi tem infinitas aplicações na vida cotidiana dos japoneses. Ele é tão durável que documentos de mais de 1.000 anos atrás parecem novos. O washi é de valor inestimável para a preservação e reparo de obras de arte. Quando é necessário conservar uma fotografia por centenas de anos, ela é impressa em washi. Este papel é usado também dentro de condensadores de dispositivos eletrônicos, na confecção de tatames resistentes, e até mesmo na arquitetura. Prensando washi entre camadas de vidro cria-se um design de paredes que explora suas várias texturas originais.

Nagasaki possui mais ilhas do que qualquer outra província japonesa. Muitas excursões mostram as maravilhas existentes na região. São populares, por exemplo, os passeios pelas densamente agrupadas ilhas de Kujukushima e a exploração de locais históricos de Hirado, onde o Japão iniciou o comércio com a Europa. Outras atrações são visitar Fukue, no paraíso natural das ilhas Goto, onde os turistas podem vivenciar o trabalho de uma embarcação pesqueira, e apreciar um antigo festival tradicional na ilha de Tsushima.

Para lidar com a sociedade que apresenta um rápido envelhecimento, o Japão está desenvolvendo muitas tecnologias originais e inovadoras para atender às necessidades dos prestadores de cuidados. Neste vídeo, podemos ver um novo tipo de cadeira de rodas capaz de subir escadas e transitar facilmente em superfícies ásperas, tais como de cascalho. O vídeo mostra, também, uma tecnologia de sensor com radar que está sendo usada para monitorar de forma mais precisa e gentil as pessoas confinadas na cama, assim como sistemas de TI mais avançados que melhoram o fornecimento de tratamento médico em casa.

A vida pode ser estressante em Tóquio, o centro econômico do Japão. Mas, o povo desta gigantesca metrópole tem muitas maneiras para fazer o seu dia a dia mais prático e confortável. Entre elas, estão um sofisticado sistema de cartão de CI que agiliza o deslocamento diário, cafés especiais com camas para tirar uma sesta e cafés com spa para refrescar pernas doloridas. É possível até mesmo desfrutar do calor humano fazendo compras em um ritmo mais lento na ruas do centro antigo da cidade.

Na Copa do Mundo de Futebol da FIFA de 2014, a mídia internacional mostrou torcedores japoneses retirando o lixo depois de cada partida. Esta devoção japonesa para manter a vida limpa e arrumada pode ter sido influenciada pelo zen-budismo, assim como pelos hábitos incutidos desde a infância pelas escolas. Muitos voluntários varrem as ruas de sua comunidade e limpam as praias onde veraneiam, e todas as famílias japonesas seguem o costume de fazer O-soji, uma grande limpeza na casa no mês de dezembro. Os japoneses acreditam firmemente que um ambiente limpo leva à purificação do espírito.

Inaugurada no dia 22 de maio de 2012, Tokyo Sky Tree, com 634 metros de altura, é a mais alta torre de transmissão independente do mundo. A torre com mirantes bastante concorridos atrai um grande número de pessoas que vêm apreciar a combinação desta estrutura ultramoderna com o clima do antigo bairro comercial com inúmeras lojas tradicionais. Este novo símbolo promete estimular o reavivamento do centro antigo, convidando os visitantes a conhecerem sua cultura única e historicamente vibrante.

Alimentos frescos de todo o Japão são rapidamente acessíveis em Tóquio, tornando a cidade um excelente lugar para se conhecer a enorme variedade de comidas regionais. Você não precisa ir aos confins do arquipélago japonês para saborear as raras iguarias ou as culinárias locais. Com certeza, existe um restaurante especializado para servi-lo em algum lugar de Tóquio. A cozinha internacional também é prontamente disponível. Parte do charme de Tóquio é a facilidade com que se pode deliciar pratos de quaisquer partes do globo terrestre, desde, naturalmente, as famosas cozinhas asiáticas até as de lugares distantes como a América Latina e a África.

Com seu contorno simétrico, o pico mais alto do Japão é rodeado por uma exuberante paisagem cheia de variedades. Na temporada de verão, cerca de 300 mil pessoas escalam o Monte Fuji. Desde tempos antigos, a montanha era venerada como um lugar sagrado, em especial o seu cume. O Monte Fuji influenciou profundamente a arte japonesa e a cultura, tendo sido inspiração para muitas xilogravuras e pinturas. A beleza perene deste pico altaneiro nunca deixa de agitar os corações de todos que o veem.

Através das lições aprendidas nas várias experiências vivenciadas em desastres naturais, o Japão está implementando uma ampla gama de iniciativas visando a prevenção de desastres e a redução de danos. Entre elas, notam-se o sistema de alerta antecipado de terremotos da Agência Meteorológica do Japão e o sistema de detecção sísmica da linha de trem-bala Shinkansen e outras redes ferroviárias. Tecnologias tais como de construção com base isolada e com sistemas de suspensão a ar estão possibilitando a criação de prédios mais resistentes aos tremores. Além disso, também vemos robôs "high tech" atuando nos trabalhos de resgate em locais de desastres.

Nas modernas instalações de tratamento de água do Japão, a mais avançada tecnologia do mundo transforma a água salgada do mar em água potável. O segredo está nas membranas ultrafinas enroladas na tubulação em muitas camadas. As membranas desenvolvidas por empresas japonesas são mais eficientes do que quaisquer outras e capazes de bloquear 99,8 por cento de todos os vírus, produtos químicos, bactérias e, até mesmo íons. Fornecendo 70% das membranas utilizadas nas usinas de tratamento de água do mundo todo, a tecnologia japonesa contribui para resolver a questão da falta de água no globo terrestre.

Produzindo sons potentes que ressoam pelos corpos das pessoas, desde tempos antigos, os tambores wadaiko têm sido parte importante da cultura japonesa. Consistindo no eixo principal da música tradicional japonesa, o wadaiko é, também, instrumento sagrado utilizado em rituais xintoístas e budistas. Atualmente, o wadaiko é conhecido mundialmente, graças aos inúmeros grupos profissionais famosos que executam este instrumento tradicional de forma nova e original.

Um oásis verdejante no coração da grande metrópole Tóquio… O Santuário Meiji Jingu, localizado próximo a Omotesando e Harajuku, centros que ditam a moda no Japão, conta com mais de 170.000 árvores em uma área de 700.000 m2. Originalmente plantadas a mão, as árvores cresceram formando uma densa floresta natural. Um lindo local para fugir da agitação urbana e relaxar em meio à natureza, seu acesso é prático, com cinco estações de trem e metrô próximas, e é um ponto bastante visitado, não somente por japoneses, como também por turistas estrangeiros.

Caramelos artisticamente moldados são chamados de amezaiku, no Japão. Em barraquinhas instaladas nas ruas, os artesãos de amezaiku esticam, torcem, trançam e cortam manualmente os caramelos antes que eles se esfriem e endureçam. E eis que, em apenas três minutos, surgem pequenas esculturas em forma de flores e animais graciosos e, além do mais, comestíveis! São necessários muitos anos de prática para se tornar um bom artista de amezaiku. Atendendo a pedidos, os artesãos moldam os caramelos até mesmo com imagens semelhantes aos dos próprios fregueses. De crianças a idosos, todos adoram vê-los trabalhando esperando pelas esculturas resultantes.

O Japão conta com uma das mais avançadas tecnologias de sensores ultrassônicos e de raios infravermelhos. Produzindo 70% dos sensores do mundo, estes desempenham um papel vital na economia de energia. Embutidos em escadas rolantes, fornos de microondas, torneiras e inúmeros outros itens, os sensores ajudam a evitar gastos desnecessários de água e energia. Combinados com outras tecnologias desenvolvidas no Japão, os sensores continuam a evoluir e mudar o nosso mundo com produtos cada vez mais sofisticados.

A vila de Gokayama situa-se numa região montanhosa onde neva em grande quantidade. Em vista desse fato, desenvolveu-se, no local, uma arquitetura original chamada gassho-zukuri, em que as casas contam com telhados inclinados cobertos de palha. A vila de Gokayama foi registrada como Patrimônio Cultural Mundial pela bela paisagem perfeitamente conservada desde os tempos antigos. A vila é famosa, também, pelas artes folclóricas, que incluem dança, artesanato, instrumentos musicais e algumas das mais antigas cantigas folclóricas do Japão.

O Japão conta com muitas tecnologias originais de combinação e processamento de resinas sintéticas. Por exemplo, orelhas, braços, dedos e outras partes do corpo protéticos são feitos através da utilização de múltiplos tipos de resina de aparência altamente reais. Métodos inovadores de combinação de resinas e produção de cores criam amostras de pratos realísticos mostradas em vitrinas de restaurantes. Há, também, uma demanda mundial pelos produtos de alta qualidade feitos graças às avançadas tecnologias que chegam a criar resinas mais duras que o aço. Elas mesclam, também, dureza com transparência cristalina, assim, a maioria dos enormes tanques de aquários usados ao redor do mundo é feita no Japão.

Os japoneses adoram comer vários produtos alimentícios que usam o arroz como matéria-prima. Existem os bolinhos de arroz mochi e dango e, recentemente estão sendo feitos até pães de arroz. Mas, com certeza, os petiscos mais antigos e mais apreciados são os biscoitos de arroz, conhecidos como senbei. Eles são crocantes e estalam ao comer e, tradicionalmente, são arredondados e temperados com molho de soja, mas há, também, muitos outros com formatos e sabores diferentes.

O Japão conta com muitas tecnologias originais de combinação e processamento de resinas sintéticas. Por exemplo, orelhas, braços, dedos e outras partes do corpo protéticos são feitos através da utilização de múltiplos tipos de resina de aparência altamente reais. Métodos inovadores de combinação de resinas e produção de cores criam amostras de pratos realísticos mostradas em vitrinas de restaurantes. Há, também, uma demanda mundial pelos produtos de alta qualidade feitos graças às avançadas tecnologias que chegam a criar resinas mais duras que o aço. Elas mesclam, também, dureza com transparência cristalina, assim, a maioria dos enormes tanques de aquários usados ao redor do mundo é feita no Japão.

Os produtos de papelaria do Japão são conhecidos no mundo todo por seu design engenhoso e praticidade. Por exemplo, tesoura com uma tampa especial que a faz segura para manejar e um grampeador ecológico que não usa grampos. Muito popular entre os colecionadores é a ampla variedade de borrachas que são perfeitas réplicas - de exatamente 3 cm de tamanho - de animais, comidas e quaisquer outros objetos que se possa imaginar. Tais ideias poderiam nascer somente no Japão, que conta com uma longa tradição de meticuloso artesanato de miniatura. E, como um dos produtos mais avançados em termos de artigos de papelaria, existe a caneta esferográfica que usa uma tinta possível de ser apagada através de fricção.

Ukiyo-e é um gênero de arte popular japonesa que data do final do século 17. Na sua maioria, as pinturas mostram cenas da vida cotidiana ou motivos sazonais. Pintadas a mão ou estampadas em xilogravura, as pinturas ukiyo-e se caracterizam pelos desenhos audaciosos e dramáticos, assim como pelas cores vibrantes. Essas pinturas são conhecidas e amadas no mundo todo, e nos tempos primordiais, causaram uma grande influência a artistas de muitos países. As xilogravuras de ukiyo-e são feitas através de um sofisticado processo de trabalho que passa pelas mãos de três artesãos altamente habilitados, que são o artista, o entalhador e o estampador.

Localizada em uma fértil planície cortada pelo rio Kitakamigawa, Hiraizumi se tornou um centro político e cultural da região de Tohoku durante os séculos 11 e 12, após o término de um perído de guerra civil. A cultura original da sua era de ouro foi cultivada pelo governo do clã Fujiwara do norte, que ordenou a construção de muitos templos e jardins incorporando o conceito budista do paraíso da Terra Pura. Muitas dessas obras-primas do século 12 ainda remanescem nos dias de hoje. As mais notáveis são o Templo Chuson-ji, com o seu Salão Dourado, e o Templo Motsu-ji, com o seu famoso jardim da Terra Pura. Magníficas representações do conceito de Terrra Pura do budismo, os templos e jardins de Hiraizumi são agora registrados como Patrimônio Mundial.

A cidade de Sendai, na província de Miyagi, uma das áreas de Tohoku mais duramente atingidas pelo Grande Terremoto do Leste do Japão, é lar do famoso e tradicional artesanato que data de mais de cem anos atrás. É a técnica de confeccionar os armários Sendai Tansu. Feitos especialmente com madeiras lindas e resistentes, esses armários são tratados com um complexo processo de laqueado que permite que as veias da madeira sobressaiam, e decorados com adornos trabalhados em ferro. Alguns desses artistas perderam suas ferramentas e oficinas com o tsunami, mas, com o vigor típico do povo dessa região, eles superaram o desastre e estão trabalhando com a determinação de manter vivas as tradições artesanais da família para transmitir às futuras gerações.

Zori e geta são dois tradicionais tipos de calçados japoneses que ainda são populares e amplamente usados nos dias de hoje. Eles não cobrem nem comprimem os pés, assim conservam-nos saudáveis e livres de transpiração, assim como de outros problemas, tais como calos. Ambos são feitos em uma ampla variedade de materiais e desenhos e, os geta, em especial, são frequentemente confeccionados por artesãos que os decoram usando métodos tradicionais como, por exemplo, de pintura em laca e ornamentação em ouro.

Saborear o bento (comidas dispostas em marmitas) é um antigo hábito no Japão. E os recipientes onde os alimentos são colocados, chamados bentobako, também desempenham um papel importante na cultura alimentar japonesa. Tradicionalmente, eles são confeccionados de madeira e, muitas vezes, laqueados. Atualmente, os bentobakos são feitos de vários materiais, com uma ampla variedade de tamanhos e desenhos que oferecem maior funcionabilidade. Uma mistura da sabedoria tradicional e da alta tecnologia japonesa, os bentobakos permitem que as comidas se conservem frescas e deliciosas, mesmo após um longo período de tempo.

Atualmente, a microtecnologia de ponta é amplamente utilizada no campo da medicina, e muitos desenvolvimentos inovadores estão vindo de pequenas fábricas japonesas. Por exemplo, agulhas hipodérmicas mais finas do mundo (0,2mm) e bulbos de lâmpadas médicas ultracompactos, de somente 5 mm de comprimento. Graças ao grande aumento da potência dos microscópios japoneses recentemente desenvolvidos, cirurgiões podem operar veias sanguíneas finíssimas de 0,5 mm. Pesquisadores têm tido sucesso, também, em examinar células com robôs de apenas um milionésimo de mm de tamanho.

As companhias de mudanças do Japão fornecem um serviço altamente confiável e cuidadoso. A pessoa que vai se mudar não necessita fazer nenhum preparativo, bastando deixar tudo, desde o empacotamento até o desempacotamento, por conta dos especialistas em mudanças. Materiais especiais de embalagem protegem itens frágeis, tais como louças e cerâmicas, e evitam que as roupas se amarrotem. Na nova moradia, todos os artigos são, não somente desempacotados, mas dispostos de forma que o morador possa continuar a levar sua vida sem interrupção. O serviço é tão completo que até mesmo a limpeza da casa é feita antes de deixá-la.

Hina-ningyo são bonecos vestidos com trajes suntuosos da nobreza japonesa do século 11. No Japão, existe uma antiga crença de que os bonecos podem absorver os males e os infortúnios e, no Hina-Matsuri, um festival celebrado no dia 3 de março, os bonecos hina-ningyo são dispostos em uma estrutura de vários níveis para orar pela saúde e felicidade das meninas. Eles são de vários tipos, de distintos personagens e faces. No topo da estrutura, encontram-se sentados os bonecos que representam o imperador e a imperatriz, diante de um biombo dourado ou ricamente decorado. O número de níveis varia, mas uma refinada estrutura com sete degraus contém 15 bonecos, incluindo três senhoras e cinco músicos da corte.

O sistema de trem de alta velocidade do Japão teve início em 1964, com o lançamento do trem-bala Shinkansen que, na época, era o mais rápido do mundo. Atualmente, a rede conta com uma extensão de trilhos de mais de 2.000 km, conectando todas as regiões do país. Os trens também têm evoluído, tornando-se mais rápidos, mais confortáveis e mais silenciosos. Um exemplo mais recente desses desenvolvimentos é o Hayabusa, um novo trem-bala, cuja operação foi iniciada na rota Tohoku Shinkansen em março de 2011, com velocidade máxima de 320 quilômetros por hora.

No Japão, uma tecnologia computadorizada, altamente avançada, leva os ovos das galinhas até os consumidores. Na granja, os ovos são limpos e esterilizados com água quente ozonada. Em seguida, eles passam por uma série de inspeções controladas por computador para detectar sujeiras na superfície, trincas nas cascas e defeitos internos. Um sistema totalmente computadorizado de esteiras transportadoras permite a limpeza, checagem e embalagem de cerca de 120.000 ovos por hora. O nível de higiene é tão alto que, mesmo crus, os ovos japoneses podem ser consumidos com segurança.

As crianças japonesas frequentam o curso primário, que é compulsório, dos seis aos doze anos de idade. Aqui, apresentamos um dia típico da escola, com os alunos aprendendo as matérias principais, tais como a língua materna, matemática, ciências e estudos sociais na sua sala de aula. Nas salas especiais, os alunos recebem aulas de música, artesanato ou artes domésticas. Também são mostradas abordagens típicas das escolas japonesas como as refeições escolares, limpeza e atividades em grupo.

As escolas primárias do Japão fornecem refeições e as comidas são iguais para todos. Em cada classe, as crianças se encarregam de levar a comida da cozinha para a sala de aula e servi-la aos colegas. Este sistema original é valorizado não somente por fornecer uma alimentação correta, mas também por ser projetado para ensinar às crianças a importância de uma dieta equilibrada e saudável, e para fazê-las conhecer diferentes tradições culinárias de outras regiões do Japão e de todo o mundo.

Na escola primária do Japão, vários eventos são realizados ao longo do ano para aprofundar e completar a formação dos alunos. São realizadas visitas de um dia para lugares interessantes das proximidades e viagens mais longas para outras regiões. O dia de esportes anual é uma ocasião importante, assim como os tradicionais eventos culturais, como concursos de caligrafia com pincel. Além disso, todas as escolas praticam treinamentos regularmente para preparar seus alunos a agirem com segurança em caso de emergência como, por exemplo, terremotos ou incêndios.

No Japão, o ano letivo começa em abril e, no meio do ano, na época de muito calor do verão, há um longo período de férias que vai desde o final de julho ao final de agosto. Aqui, vemos como os alunos são incentivados a aproveitar as longas férias de verão, não somente em termos de lazer, como também para efetuar estudos especiais, esportes e outros tipos de treinamentos que são mais proveitosos feitos de forma independente dos horários de aula.

O tradicional início da primavera é marcado pelo mame-maki, uma festividade que consiste em espalhar feijões para expulsar os maus espíritos. Existem vários eventos para orar pela boa saúde das crianças e, naturalmente, o costume de se reunir para apreciar as flores das cerejeiras, o símbolo da primavera. Nesta estação, também vemos os agricultores iniciando o plantio do arroz e as cerimônias tradicionais que o acompanham.

O festival de estrelas Tanabata é amplamente celebrado no início de julho. Depois da estação das chuvas, com o céu azul e ensolarado, as praias do litoral japonês se enchem de pessoas. Em muitos lugares são realizados espetáculos pirotécnicos e festivais de verão tais como o da animada dança bon odori. Também vemos alguns métodos tradicionais colocados em prática para proporcionar um pouco de frescor no período mais quente do verão japonês.

Quando chega a época de tsukimi, a apreciação da lua, começa-se a sentir a brisa fria do outono. As folhas das árvores se colorem embelezando magnificamente as montanhas e muitas tradições e cerimônias, próprias da estação, acontecem. Além do festival de crisântemos e a tradicional comemoração das crianças, Shichigosan, cada região do Japão celebra grandiosamente eventos originais para agradecer a boa colheita do ano.

No inverno, as pessoas podem curtir eventos tais como os mercados de novembro, onde se vendem kumade - tradicionais ancinhos da sorte -, espetaculares iluminações de rua nas principais cidades, além de praticar esqui e snowboarding nas montanhas cobertas de neve. As festividades do ano-novo incluem saborear pratos especiais, ouvir as badaladas do templo e decorar a casa com símbolos tradicionais.

O grupo de ídolos, AKB48, expande sua fama pelo mundo apresentando-se em Paris, Nova Iorque, Cingapura e outros países. O grupo começou - e ainda atua todos os dias - em Akihabara, uma área de Tóquio, que é o local de origem de diversas subculturas jovens, tais como o animê e o mangá . No outro lado da cidade, Harajuku é o núcleo da próspera moda de rua de Tóquio, que conta com muitas pequenas casas de design, cujas grifes japonesas frequentemente tornam-se sucessos internacionais. Tóquio, que desde antigamente tem ditado as tendências da moda no país, continua, ainda nos dias de hoje, difundindo novas culturas pelo mundo.

A imagem de Tóquio é de uma grande metrópole dominada por arranha-céus, mas esta cidade também se orgulha por ter instalações esportivas de categoria mundial, tais como estádios de futebol, campos de atletismo, ginásios, piscinas e dojo, ou locais para praticar artes marciais. Inúmeros eventos internacionais de uma ampla gama de esportes são realizados em Tóquio. Até mesmo o grande terremoto e tsunami de março de 2011 não interromperam a vinda de atletas do mundo todo ansiosos em competir suas habilidades. Não é apenas a qualidade das instalações que atrai os atletas e os torcedores do mundo todo. Rica em atrações turísticas, a cidade de Tóquio é um lugar excelente para se conhecer a cultura japonesa.

Os mundialmente famosos esportes, judô, kendo e o caratê, são algumas das artes marciais japonesas conhecidas como budo. Desenvolvido dos treinamentos mental e espiritual praticados pelos samurais, o budo visa aperfeiçoar o caráter através do constante aprimoramento das técnicas. Para elevar a concentração e unificar a mente, os praticantes dão relevância ao fato de se sentar e meditar antes das sessões de treinamento. O espírito do budo é conquistado através do treinamento simultâneo da mente, técnica e resistência física.

O sumô, esporte nacional do Japão, originou-se de antigos rituais xintoístas praticados para assegurar boas colheitas. Os lutadores de sumô tentam quebrar o equilíbrio dos adversários com uma técnica dinâmica, mesmo em repentinos choques de corpos. O judô, onde a própria força do adversário é usada para derrubá-lo, permite que pessoas pequenas derrotem aquelas de maior tamanho - o suave supera o duro. O aikido, baseado em técnicas defensivas, interpreta a força, os movimentos e as intenções do adversário. Ao receber um ataque, contra-ataca usando uma técnica reversa. No caratê, o lutador aprende a combater praticando padrões de ataque e defesa estabelecidos, chamados kata.

As artes marciais budo, que mantêm o espírito do guerreiro samurai e as técnicas marciais, também conservam muitas armas, implementos e instrumentos originais. Por exemplo, existem a espada de bambu chamada shinai usada no kendo, e os tradicionais arcos de bambu e flechas com três penas do kyudo. Esses implementos e instrumentos tradicionais são essenciais nas várias modalidades do budo para ajudar o praticante a elevar a concentração e reforcar a força mental.

O budo continua a proporcionar uma profunda influência na vida dos japoneses. Considerado uma excelente forma de treinamento mental para as crianças, as aulas de artes marciais, tais como o sumô, kendo ou judô, são compulsórias nas escolas japonesas. As técnicas do budo se desenvolveram originalmente para restabelecer e tratar ferimentos tidos em combate, e hoje, são amplamente usadas nos tratamentos médicos. Nos festivais do Japão, o budo exerce sempre um papel central. Oferecendo mais do que simplesmente técnicas sofisticadas de combate, o espírito do budo ainda continua vivo nos dias de hoje.

Cerca de uma hora de trem de Tóquio, a cidade de Kamakura tornou-se importante 800 anos atrás como a primeira capital do governo samurai. Hoje em dia, é um popular destino turístico que recebe mais de 19 milhões de visitantes por ano. Situada em uma posição geográfica única, Kamakura mostra a cultura samurai com seus inúmeros e magníficos templos, santuários e ruínas históricas. Duas das principais atrações de Kamakura são o Santuário Tsurugaoka Hachimangu e Daibutsu, a Grande Estátua do Buda.

Durante os 10.000 anos do Período Jomon, que teve início cerca de 12.000 anos atrás, os habitantes das ilhas japonesas deixaram seu estilo de vida nômade para viver em assentamentos fixos. Eles não praticavam a agricultura ou a pecuária e viviam da caça, pesca e coleta de castanhas e frutas. O povo Jomon fazia cerâmica e ornamentos e costumavam enterrar seus mortos. Dos muitos sítios arqueológicos do período Jomon encontrados na região de Tohoku, os mais famosos são Goshono (Iwate), os Círculos de Pedras de Oyu (Akita) e Sannai-Maruyama (Aomori).

As ilhas subtropicais da província de Okinawa, com seus mares cintilantes, cultura local vibrante e muitas ruínas históricas - agora registradas como Patrimônios Mundiais -, atraem mais de cinco milhões de turistas por ano. Existe o magnífico Castelo Shuri, do século 15, que foi o palácio real do Reino de Ryukyu. Nas construções típicas de Okinawa, se destacam as belas e sinuosas muralhas de pedras. E os misteriosos bosques sagrados, formados naturalmente por imponentes árvores e rochas. Os Patrimônios Mundiais de Okinawa são um legado vivo da rica história e tradições culturais desta região.

O Japão está fazendo um rápido progresso no campo de desenvolvimento urbano ecológico, principalmente com a expansão do uso de energias renováveis. Na região de Tohoku, duramente atingida pelo desastre de 2011, tais iniciativas incluem a construção de instalações de geração de energia solar de grande escala, projetos de locais independentes de energia e de desenvolvimento urbano que visa minimizar o seu consumo. O desenvolvimento urbano ecológico desempenha um papel importante na reconstrução da região de Tohoku.

A energia geotérmica é uma fonte energética de utilização a longo prazo no Japão, uma terra de vulcões e, consequentemente, com muitos recursos geotérmicos. O Japão é líder mundial nesse campo, sendo responsável pela produção de cerca de 80% de todos os equipamentos de geração geotérmica. Neste vídeo, vemos tanto as avançadas usinas de energia geotérmica como as iniciativas de empresas privadas em explorar esse recurso a nível local. Um enfoque renovado dado à importância deste recurso energético está levando à otimização do desenvolvimento de energia geotérmica no Japão.

Estendendo-se por 600 quilômetros ao longo da costa do Pacífico na região de Tohoku, Sanriku conta com uma das mais belas paisagens do Japão. Uma enome variedade de fauna e flora coexiste neste maravilho ecossistema natural, porém, a região de Sanriku foi duramente atingida pelo grande desastre de 2011. Como parte dos projetos de reconstrução da área, há, atualmente, planos para designar toda a área de Sanriku como um gigantesco parque nacional, de forma a reavivar o local onde os seres humanos e a natureza têm coabitado em harmonia. A natureza peculiar desta área está contribuindo aos esforços para a reconstrução da região.

Hagi, na província de Yamaguchi, é uma cidade histórica situada em meio a belas paisagens, que conta com inúmeras e fascinantes relíquias. Ela é conhecida, também, por ter desempenhado um papel muito importante na modernização do Japão, no século 19. No entanto, as camélias são a maior atração de Hagi para os visitantes. Mais de 25.000 pés de camélias crescem formando um bosque natural nos declives de uma colina, e a beleza simples das suas flores encanta os japoneses que amam as flores.

Arita, na província de Saga, é o local onde se originou a cerâmica japonesa, cerca de 400 anos atrás. A porcelana Arita apresenta muitas variações que vão desde peças azuis e brancas coloridas a mão através do processo chamado sometsuke, a itens vistosamente coloridos e ricamente decorados. Ela produz também o mundialmente famoso estilo conhecido como Kakiemon. Desde um portal de um santuário revestido de cerâmica a paredes feitas de antigos tijolos queimados em forno, o visitante poderá apreciar a presença da magnífica porcelana Arita em todos os lugares.

Kyo Yuzen é um tradicional método de tingimento de quimonos nascido em Quioto. Ele proporciona um notável e elaborado colorido a paisagens e outros motivos da natureza, tais como flores e pássaros, comumente desenhados para decorar os tecidos de quimonos. Para se concluir uma única peça de Kyo Yuzen, requer-se um grande número de processos, e cada um deles é desempenhado por um artesão especializado. Com uma história de mais de 300 anos, ainda nos dias de hoje, a técnica de Kyo Yuzen é bastante apreciada pelos japoneses.

No Japão, comidas feitas à base de massa feita de farinha, assada em chapa de ferro, são muito populares. Dentre elas, o okonomiyaki é o prato mais famoso. Ele surgiu há 500 anos como uma receita bastante simples. Atualmente, a massa de farinha misturada com caldo dashi é assada com vários ingredientes, tais como vegetais, carnes ou frutos do mar e, no final, pincelada com um molho especial. Outros deliciosos pratos desse gênero são monjayaki e takoyaki.

O Japão é líder mundial em tecnologia de ponta de fibra de carbono e tem desenvolvido fibras reforçadas tão fortes que podem ser usadas na construção de várias partes de uma aeronave como, por exemplo, leme, asas e fuselagem. Como esse material é mais leve, mas tão forte como o metal, a distância de voo de um avião pode se tornar 1,3 vez maior. Atualmente, o Japão é responsável por 70% da produção mundial de fibra de carbono de alta qualidade e a sua demanda continua a crescer.

Desde tempos antigos, os japoneses apreciam produtos laqueados, em especial, móveis e utensílios domésticos. Muitos desses itens são luxuosamente decorados através de uma técnica original japonesa de aplicação de ouro em laca chamada maki-e. O artesão leva anos para assimilar essa técnica que consiste em usar ouro em pó para proporcionar nuances delicadas e finas aos desenhos pintados sobre a laca. A beleza dos produtos de maki-e, cujo método é assimilado pelos artesãos através de muitos anos de prática, é amplamente admirada.

O teatro Bunraku teve início quando uma arte dramática e musical tradicional chamada Joruri, na qual a história era contada através de entoados e sons de shamisen, foi realçada com a adição de marionetes. Bunraku é o único entre os teatros de marionetes do mundo em que cada boneco é controlado por uma equipe de três titereiros, um método que produz um efeito surpreendentemente real. Ainda nos dias de hoje, Bunraku continua popular e consta na lista da UNESCO como um Patrimônio Cultural Intangível, juntamente com outras tradições teatrais do Japão, Kabuki e Noh.

A energia solar está se expandindo no Japão. Ela é usada em estações de energia e instalações públicas, e sua avançada tecnologia tem proporcionado ao Japão uma parcela de cerca de 25% do mercado mundial em termos de equipamentos geradores de energia. Sistemas de painel solar de alta conversão de energia são instalados em muitas residências particulares que, agora, contam com um novo recurso que é a bateria de lítio de alta capacidade de armazenamento de energia. Ela permite fazer com que a energia gerada durante o dia seja usada nas casas à noite. Além de gerar energia, painéis solares semitransparentes iluminam o ambiente, eliminando o problema dos painéis suspensos que bloqueiam a luz solar. Os novos painéis usam lentes que multiplicam por três a quatro vezes a eficiência de conversão. Pesquisas japonesas continuam a melhorar ainda mais a tecnologia solar, baixando os custos e elevando a capacidade de geração de energia

Situado no coração do Japão, a linda parte litorânea da península de Ise-Shima é um famoso destino turístico que atrai 10 milhões de visitantes todos os anos. Mais de 80% deles vêm visitar o antigo Ise Jingu, o mais importante santuário xintoísta do Japão, que data de 1.800 anos atrás. Por todos esses séculos, os religiosos, procedentes de todas as partes do país, nunca deixaram de ir a Ise para agradecer a kami, divindades adoradas no santuário. A costa de Ise-Shima é também famosa por sua rica vida marinha e, exatamente nessa área, nasceu a indústria de pérolas cultivadas no mundo. Ainda hoje, podem ser vistas mergulhadoras que catam ostras do fundo do mar através de métodos tradicionais, sem usar aparelho de oxigênio.

Realizado em Sendai, a maior cidade da região de Tohoku, o Tohoku Rokkon Sai é um evento que mostra os seis festivais mais famosos da região. Esta região foi a área mais gravemente atingida pelo Grande Terremoto do Leste do Japão de 11 de março de 2011, e o novo evento foi planejado para dar ânimo às pessoas e ajudá-las a transpor os efeitos do desastre, assim como mostrar ao resto do Japão e ao mundo que a região de Tohoku está ativa e dinâmica como sempre. Os festivais apresentados são os de Nebuta (Aomori), Kanto (Akita), Sansa (Morioka), Hanagasa (Yamagata), Waraji (Fukushima), e Tanabata (Sendai).

Com uma história de mais de 800 anos, este é um dos maiores eventos de verão da província de Fukushima, em Tohoku, e um dos mais famosos festivais Gion do Japão. Na parte diurna, há uma parada de cerca de 30 mulheres vestidas com luxuosos quimonos de casamento que levam oferendas tradicionais ao santuário local. À noite, grandes carros alegóricos desfilam parando em vários pontos e atuando como palcos para apresentação de peças de teatro kabuki. Os atores de kabuki são crianças, e a cada vez que os carros alegóricos vão de um lugar ao outro, crianças da plateia se juntam. Incentivados com os cantos animados das crianças, os carros alegóricos correm bravamente pelas ruas da cidade.

Todos os anos, no início de agosto, um festival regional de Tohoku de mostras artísticas é realizado em Kitakami, na província de Iwate. Toda a cidade se transforma em um palco para a apresentação de uma ampla variedade de danças tradicionais de toda a região, que são desempenhadas nos santuários de Kitakami, lojas de departamentos, praças e parques. Neste ano, em que o desastre de 11 de março devastou a região, cerca de 120 grupos tomaram parte do festival. Atuações ao vivo foram feitas pelos dançarinos de Tohoku e de outras áreas, incluindo grupos de cidades e vilas destruídas pelo grande terremoto e consequente tsunami.

Este festival foi iniciado após a Segunda Guerra Mundial para orar pela proteção divina e inspiração às pessoas da região que se esforçavam durante o período de reconstrução pós-guerra. Deuses de dois santuários, Shiogama e Shiwahiko, localizados no topo de uma colina, são carregados em procissão em dois santuários portáteis, mikoshi, até o porto. Cada mikoshi é, então, colocado em um barco especial próprio que navega pela pitoresca Baía de Matsushima, acompanhado por dezenas de barcos pesqueiros. Neste ano, o festival tem um especial significado, uma vez que a região se depara outra vez com a difícil tarefa de reconstrução.

A pequena cidade de Shirakawa, em Fukushima, abriga algumas das fábricas de processamento de alumínio mais avançadas do mundo. Uma dessas produz tubos de alumínio da mais alta precisão do mundo, usando sua própria tecnologia de extração. A fábrica faz seus próprios moldes para extrair tubos de alumínio da matéria-prima bruta e consegue uma incrível precisão de 1/100 mm, praticamente livre de distorções. Os tubos são usados para produzir peças apuradas, tais como anéis de lentes de câmera e componentes de portas de vagões de trens de alta velocidade. Eles são, também, importantes itens em um projeto de perfuração científica na Antártica, trazendo, à tona, antigos gelos de 800.000 anos atrás, de profundidades de mais de 3.000 m, que ajudam a estudar as mudanças climáticas. Essas fábricas de Fukushima deram uma reviravolta do recente desastre e continuam a apoiar a indústria mundial fornecendo peças especializadas insubstituíveis.

O monstruoso terremoto que devastou a região de Tohoku no mês de março afetou seriamente a indústria automobilística japonesa, que depende das muitas fábricas de autopeças especializadas localizadas nesta parte do país. A maioria se recuperou rapidamente e voltou a produzir, incluindo um pequeno fabricante de moldes de metal extremamente apurados. Essa tecnologia, com uma taxa de rejeição de produtos inferior a 1%, é usada para fabricar componentes de alta precisão requeridos pelas montadoras de todo o mundo. O sistema de estradas expressas, do qual dependem os fabricantes para a distribuição dos produtos, também voltou a funcionar rapidamente. Apenas 13 dias após o terremoto, os engenheiros japoneses colocaram 90% das estradas atingidas abertas ao tráfego. A rápida recuperação acontece graças ao conhecimento e técnicas empregadas, polidas no dia-a-dia pelos especialistas que mantêm os sistemas e linhas vitais da sociedade em operação.

Takachiho, uma pequena cidade nas montanhas da região norte de Miyazaki, é a terra de alguns mitos mais antigos do Japão. A paisagem ao redor de Takachiho é cheia de locais sagrados. O Desfiladeiro de Gokase-gawa, um lindo e misterioso vale formado com rochedos vulcânicos íngremes que corta a profunda floresta, é um dos pontos mais famosos. A dança Kagura, desempenhada por mais de 800 anos em Takachiho, representa as histórias dos velhos deuses, tendo ao fundo sons de tambores e flautas tradicionais.

Atualmente, os mercados de pulgas são muito populares no Japão. Eles são uma perfeita combinação do tradicional pensamento japonês de não querer se desfazer dos objetos que ainda podem ser úteis. Uma característica dos mercados de pulgas é a ênfase que se dá à diversão e à interação entre os vendedores e compradores, mais do que simplesmente ganhar dinheiro. Há, também, mercados especializados. No de Akihabara, são vendidos produtos relacionados a animê e mangá; e existem aqueles em participam somente mulheres, tanto na venda como na compra, e mercados onde todos os vendedores e compradores são crianças.

No Japão, são desenvolvidos muitos componentes eletrônicos que são a base da evolução dos dispositivos e equipamentos eletrônicos. Uma dessas peças essenciais usam tecnologia inspirada no artesanato tradicional. Companhias japonesas dominam a maior parcela do mercado de condensadores de cerâmica graças à técnica de Kiyomizu-yaki, um tradicional método de queima de cerâmica que existe há séculos em Quioto. Também vemos como os métodos tradicionais de confecção de folhas de ouro decorativas ultra finas têm contribuído na fabricação de circuitos impressos mais eficientes.

Dentro de um novo conceito de moda, os jovens japoneses estão reformando e redesenhando roupas vendidas prontas para dar-lhes um toque bem pessoal. Eles acrescentam adornos e acessórios, assim como objetos obtidos no cotidiano, e costuram, colam e pintam peças simples adquiridas nas lojas. Usando somente a imaginação, a customização de roupas é um modo barato e fácil de transformar sua própria imagem com roupas originais, diferentes das de outras pessoas.

A ilha de Miyajima situa-se no Mar Interior de Seto, próxima a Hiroshima. Na ilha totalmente arborizada, de 30 km de perímetro, existe um santuário que representa a reverência à natureza. O antigo santuário, que data de 1.400 anos atrás, encontra-se construído como se estivesse flutuando nas águas do mar, tendo ao fundo exuberantes montanhas verdejantes. Todos os anos, no mês de abril, mais de 400 artistas de teatro Noh, vêm de todas as partes do Japão para realizar um evento sagrado especial. A apresentação feita em meio à natureza é especialmente fantástica na maré alta, quando as águas se elevam praticamente até o nível do palco do santuário.

Viajando cerca de uma hora de trem de Tóquio, chegamos à entrada da península de Izu. Turistas afluem a Izu atraídos pelo clima ameno que predomina o ano todo, assim como pela magnífica paisagem litorânea e famosas fontes de águas termais. Os destinos mais populares são aqueles onde muitas flores desabrocham simultaneamente em fevereiro. Flores de ameixeiras, camélias, cerejeiras, narcisos e colzas se abrem para o encanto dos visitantes. Inclusive, as ameixeiras e as cerejeiras florescem mais cedo do que em quaisquer outros lugares do Japão. As muitas flores do início da primavera na costa de Izu formam uma linda e pitoresca paisagem.

Ojiya chijimi é um tipo de tecido produzido na cidade de Ojiya, na província de Niigata, desde cerca de 350 anos atrás. Nesta região, onde cai muita neve, os tecelões descobriram que é possível se alvejar os tecidos com uma entonação distinta expondo-os sobre a neve. Eles utilizam uma variedade de cânhamo local chamada choma, que é muito absorvente e que seca rapidamente. Combinando-se com uma técnica especial de enrugamento, é produzida uma crepe de linho confortável e ideal para quimonos de verão. Feitos manualmente em teares especiais, estes tecidos apresentam também lindos motivos.

A cidade de Matsue, na província de Shimane, cresceu em volta de um castelo construído em 1611, e ainda mantém imagens que lembram os tempos antigos. Rios e canais cruzam a cidade, proporcionando uma beleza indescritível à cidade. Passear de barco pelos rios é a melhor forma de se apreciar as paisagens da antiga Matsue. Barcos são operados durante o ano todo e, no inverno, contam com aquecedores de carvão à moda antiga para proteger os usuários do frio. Outro passeio bastante popular é pelo lago Shinji, ao oeste da cidade, de onde se veem espetaculares pores de sol.

Brinquedos de cozinha estão atraindo as atenções como uma nova ferramenta de comunicação. Com estes brinquedos, fazer comidas e sobremesas tornou-se uma divesão. Eles variam desde aqueles simples que permitem fazer facilmente guloseimas como algodão doce a aqueles com os quais é possível se confeccionar pães de verdade e sushi. A maioria dos brinquedos de cozinha não usa fogo para evitar queimaduras e ferimentos. Eles permitem que as crianças se divirtam e, ao mesmo tempo, conheçam o trabalho de se preparar comidas.

Tampas de bueiros encontrados em todo o Japão apresentam famosos pontos de referência, animais, flores, e outros símbolos da região local. Com muitos desenhos originais e de cores vistosas, as tampas de bueiros estão se tornando populares como “arte em tampa de bueiro”, não somente no Japão como no mundo todo. Quando você visitar o Japão, dê uma olhada aos seus pés e curta a “arte em tampa de bueiro”.

Soba é uma das comidas típicas do Japão. Casas de soba com balcões onde as pessoas comem em pé podem ser encontradas nas plataformas das estações de trens. Elas são chamadas de “Tachi gui soba”, que significa “soba para se comer em pé”. Nessas populares e convenientes casas, o soba é preparado em cerca de 30 segundos, podendo se chamá-lo de autêntico fast food japonês. Mesmo durante uma viagem, você pode comer um tradicional prato japonês de forma fácil e rápida.

A cidade dos óculos, Sabae, na província de Fukui, é responsável por cerca de 90 por cento da produção de armações de óculos no Japão. A atividade teve início há cerca de 100 anos, e Sabae tem realizado continuamente inovações na indústria. Foi, inclusive, o primeiro lugar do mundo a fazer armações de óculos de titânio. Nestes últimos anos, em Sabae, tem aumentado o número de empresas que estão tentando fazer armações com desenhos e materiais originais ainda melhores que o titânio. As companhias também se juntaram e estabeleceram lojas para vender seus produtos, e se empenham em explorar mercados globais.

Mais de trezentos trens-balas Shinkansen se encontram em operação em um único dia. Olhando para o interior dos vagões dos trens-balas, nota-se que eles estão cuidadosamente limpos. Isto é realizado pela equipe de limpeza. O tempo médio de parada de um trem-bala é de 12 minutos. Os passageiros levam 5 minutos para entrarem e saírem dos vagões. Após todos eles saírem, restam somente sete minutos para realizar a limpeza completa dos vagões e retirar todo o lixo.　 Aqui apresentamos como é feita a limpeza dos vagões do trem-bala, um assunto que tem atraído as atenções fora do Japão como "o milagre de sete minutos".

Todos os dias, usamos condimentos e molhos nas refeições. Muitas ideias têm sido embutidas nos recipientes desses itens. Por exemplo, foi desenvolvida também uma tampa que pode ser aberta sem muita força, mesmo por idosos.　Então, foi desenvolvida uma embalagem que retém a frescura do molho de soja, além de ser fácil de usar.　No Japão, os recipientes de alimentos continuam sendo inovados para se tornarem mais fáceis de abrir, práticos para usar e manterem os conteúdos mais deliciosos.

O Grande Prêmio B-1 reúne grupos em todo o Japão que se esforçam para reavivar a sua comunidade através da divulgação das comidas apreciadas no local.
O grupo do Seminário Towada Barayaki, da cidade de Towada, província de Aomori, ganhou o Grande Prêmio de Prata, ou o segundo lugar, na competição do Grande Prêmio B-1 do ano de 2013. Juntamente com os adultos deste grupo, estudantes colegiais se dedicam para reavivar a comunidade local. Acompanhamos de perto suas atividades.

Desde há muito tempo, sabe-se que os carapaus do Pacífico se sentem atraídos, à noite, por lugares iluminados. Agora, os métodos de pesca de carapaus do Pacífico estão passando por uma mudança drástica. É a mudança do método de pesca convencional que usa luz incandescente para o método de pesca com luz LED azul esverdeada. Com a utilização da luz LED azul esverdeada, tornou-se possível reduzir o consumo de energia, elevar a eficiência de trabalho dos tripulantes e, também, capturar os carapaus do Pacífico sem feri-los. A revolução na indústria pesqueira através das luzes LED inicia-se agora...

Este esporte chamado Sports Chanbara, ou spochan na sua forma abreviada, foi criado cerca de 40 anos atrás no Japão. Spochan é um esporte seguro, onde os competidores usam equipamentos enchidos a ar. As partidas são realizadas com os participantes usando capacetes forrados e espadas de vários comprimentos. Os competidores lutam uns contra outros com espadas do mesmo comprimento. A vitória é dada ao competidor quando sua espada toca alguma parte do corpo do adversário. A Associação de Sports Chanbara está se esforçando para aumentar sua popularidade internacionalmente, de forma que spochan se torne, no final, um esporte oficial dos Jogos Olímpicos.

Todos os dias, os japoneses usam um par de implementos em forma de varetas, conhecido como hashi, ou pauzinhos, para se comer. Os pauzinhos são usados também em outros países da Ásia, mas, acredita-se que o Japão seja um dos poucos lugares em que somente pauzinhos sejam usados para se fazer as refeições. Acompanhando o crescente interesse dos estrangeiros pela cozinha japonesa, mais e mais pessoas ao redor do mundo estão tendo interesse pelos pauzinhos do Japão. Este é um importante motivo para que os japoneses conheçam sobre os pauzinhos e saibam como usá-los corretamente.

Os agricultores japoneses, em sua maioria, trabalham manualmente. Porém, muitos deles já se encontram em idade avançada, e o serviço é pesado. Para solucionar esse problema, têm sido projetados dispositivos para facilitar os serviços dos agricultores. Este é um traje motorizado idealizado para ser utizado em trabalhos agrícolas. Ele permite que o agricultor mantenha o braço em uma posição fixa ou levante objetos pesados aplicando a metade da força necessária normalmente. Os trajes motorizados foram desenvolvidos com a tecnologia mais avançada, visando tornar mais leves as vidas dos agricultores do Japão. Se eles forem difundidos, com certeza, poderão ser úteis aos agricultores de todos os lugares do mundo.

Este é o Ise Jingu, localizado na cidade de Ise, Província de Mie. Este santuário, que conta com uma eminente história, tem sido visitada por muitas pessoas ao longo dos séculos. A cada 20 anos, o pavilhão do santuário é reconstruído, e seus conteúdos são transferidos ou recriados na nova estrutura. Esta prática se chama Shikinen Sengu e acontece há 1300 anos. Um dos objetivos da reconstrução é passar os conhecimentos da tradicional carpintaria do santuário para as futuras gerações. A técnica de construção kigumi não utiliza pregos. Este processo ajuda a transmitir as tradicionais técnicas de construção do Japão às gerações mais jovens, garantindo que a sabedoria cultivada por mais de 1300 anos permaneça viva no futuro.

Os jardins japoneses expressam a natureza através das cores sazonais proporcionadas pelas árvores plantadas, rochas e lagos. Eles são os principais símbolos da cultura japonesa. Jihei Ogawa, paisagista de décima-primeira geração, da cidade de Kyoto, é uma dessas pessoas que executam não somente o planejamento, a manutenção e seguem a antiga tradição de jardinagem do Japão, como também transmitem as suas técnicas para a próxima geração. Os cuidados diários dos paisagistas é que fazem nascer o sentimento relaxante de se estar dentro da natureza e a beleza dos jardins japoneses que encantam a todos.

As cidades japonesas possuem muitos e originais cafés e bares, característicos do Japão. Por exemplo, um café com gatos em um movimentado centro comercial… Vêm aqui as pessoas que não podem criar gatos em suas casas. No café com máquinas de costura, frequentam pessoas que desejam costuram roupas e outras peças. E aquelas que adoram trens se juntam em bares ferroviários. Os cafés e bares do Japão estão, com certeza, evoluindo acompanhando a diversificação dos interesses dos usuários.

Íbis-do-Japão. Seu nome científico é Nipponia nippon. Esta ave ocupa um lugar especial nos corações dos japoneses. Porém, a espécie se extinguiu do Japão. Desta forma, esforços estão sendo realizados para trazer o Íbis-do-Japão de volta. Ele está sendo recuperado no Centro de Conservação do Íbis-do Japão de Sado, na cidade de Sado, localizada em uma ilha no Mar do Japão. O centro se dedica à reprodução e à proteção das aves, treinando-as e soltando-as para sobreviverem no habitat natural. Neste ano de 2013, cerca de oitenta Íbis-do-Japão já estão vivendo na natureza.

No Japão, a terra dos robôs, o desenvolvimento de robôs com enfoque na comunicação está avançando de várias formas. Existem robôs que participam em conversações experimentais com um astronauta na nave espacial, robôs que conectam pacientes internados em hospitais e seus familiares em casa, assim como aqueles que se dedicam à comunicação com os moradores de lares para idosos. Com capacidade para aumentar a comunicação entre as pessoas, elevam-se a expectativas em relação aos robôs comunicativos.

Você pode ver um novo tipo de meio de transporte - que fica entre uma motocicleta e um carro compacto nas ruas do Japão. É o Carro Ultraleve. Os Veículos Ultraleves são movidos por energia elétrica e, desta forma, são ecologicamente corretos. Além disso, são fáceis de se dirigir, e espera-se que mais e mais pessoas os usem para a locomoção local. Atualmente, várias companhias estão usando-os para serviços de entrega a domicílio. Até mesmo as companhias públicas que lidam com habitações têm desempenhado seus trabalhos diários a bordo desses veículos. Espera-se que este carro bom para o meio ambiente seja usado mais amplamente num futuro próximo.

O tatami, a esteira de palha conhecida em português como tatame, tem sido usado nas casas japonesas desde tempos antigos. A parte da sua superfície é feita cuidadosamente tecendo-se hastes de juncos cultivadas, na sua maioria, na cidade de Yatsushiro, em Kyushu. Os juncos exalam um agradável aroma que refresca o ar e encobrem o cheiro da transpiração e outros odores desagradáveis. Os japoneses costumam comer, relaxar-se, e até mesmo dormir sobre os tatames. O uso destas esteiras surgiu da sabedoria do povo de como viver num país no qual predomina um clima quente e úmido.

Dentre as quatro principais ilhas que formam o arquipélago japonês, a de Kyushu é a que se localiza mais ao sul. Nessa região, os trens turísticos estão ganhando popularidade. As paisagens bucólicas podem ser apreciadas à medida que surgem nas grandes janelas frontais dos vagões, e as crianças podem se divertir na área de brinquedos. Existe, também, um outro tipo de trem que conta com um bar, onde se pode ouvir jazz. O encanto de se viajar através desses novos transportes turísticos é o próprio tempo agradável que se passa nos trens.

Sushi, uma comida tradicional do Japão. O sushi se tornou conhecido no mundo todo por ser um alimento saudável e de baixa caloria, uma vez que não é usado óleo na sua preparação. Para se tornar um sushiman são necessários muitos anos de aprendizado, mas, atualmente, existem escolas particulares onde a técnica de se fazer sushi pode ser aprendida em um curto período de tempo. Muitos jovens estudantes que desejam trabalhar no exterior em restaurantes de sushi frequentam a escola. Através do sushi, esta tradicional iguaria japonesa, a cultura do Japão está se expandindo no exterior e contribuindo para promover o mútuo entendimento em todo o mundo.

Tóquio, capital do Japão. A baixa taxa de criminalidade desta cidade é uma das melhores do mundo. Essa boa segurança se deve ao suporte dos postos policiais Koban. Eles se encontram instalados próximos dos residentes, e são a base de trabalho dos policiais que zelam pela segurança da comunidade local. O sistema de Koban é original do Japão e conta com uma história de mais de 130 anos. Os postos são instalados em todos os lugares do país e os policiais são presenças indispensáveis aos residentes. Eles não somente mantêm a segurança local, como também efetuam vários serviços aos residentes, como dar informações de endereços e outros.

O Japão é um país onde ocorrem muitos terremotos. Nessas circunstâncias, pesquisadores têm iniciado uma nova atividade. Um sistema de medição de grande escala foi instalado no fundo do mar e, com base nos dados enviados por ele, são elaboradas imagens com simulações de terremotos e tsunamis através de supercomputadores. Estudos simulados sobre como as pessoas devem fugir em tais situações também já foram iniciados. As medidas de redução e de prevenção de danos nos desastres tomadas no Japão estão evoluindo cada vez mais.

Uma fábrica de cultivo hidropônico com instalações em forma de cúpula surgiu nas terras atingidas pelo tsunami e deterioradas com o sal da água do mar. Dentro das cúpulas com uma cobertura levantada a pressão de ar, verduras crescem recebendo luz solar plena e abundantemente. Os residentes da região, que perderam suas casas e campos de cultivo de arroz e hortaliças no desastre, trabalham animadamente nessa fazenda hidropônica. Tendo um pequeno terreno e água, e através de controle por computador, verduras frescas podem ser obtidas neste cultivo hidropônico, que está atraindo as atenções do mundo todo.

Monte Fuji... Um símbolo do Japão registrado como Patrimônio Cultural Mundial. O ponto turístico de onde se vê o Monte Fuji é Hakone, um lugar histórico que dista uma hora e meia de carro ou trem de Tóquio. Hakone se situa em uma área vulcânica e, por conta do calor geotérmico, águas quentes emanam em muitos lugares da cidade. No local, existem muitas hospedarias com águas termais, em cujos banhos os viajantes podem descansar e curtir momentos de relaxamento. Hakone é o local de descanso mais próximo de Tóquio e, também, o ponto onde é possível se apreciar os vários aspectos do Monte Fuji.